Roger Gracie expõe a pressão de levar o nome da família no MMA: “Não era um querer, era o caminho”

Roger Gracie (foto) lutou no UFC. Foto: Reprodução/UFC

Roger Gracie (foto) lutou no UFC. Foto: Reprodução/UFC

Roger Gracie abriu o coração e contou os motivos que o levaram a se aventurar no MMA, esporte que nunca o encantou. Em entrevista ao podcast ‘ConnectCast’, o faixa-preta disse que se sentiu pressionado pela tradição familiar de seguir os passos dos antecessores, que fizeram história nas artes marciais mistas.

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“O MMA para mim nunca bateu muito. Eu não me acertava no peso, trocava de peso. Eu estava no meio de duas categorias (peso-médio e peso meio-pesado). Mas meu coração nunca esteve ali. Eu sempre amei lutar Jiu-Jitsu, eu nunca amei lutar MMA. Eu lutava MMA por obrigação, por ser um Gracie. Desde quando eu era criança, qual era o caminho de todo Gracie lutador? Fazer Jiu-Jitsu e lutar MMA”, declarou Roger, que é filho de Reyla Gracie (filha de Carlos Gracie) e Maurício Motta Gomes (um dos 6 faixa-preta do lendário Rolls Gracie).

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Roger afirmou que não teve escolha ao decidir ser lutador, mas apenas seguiu o destino que lhe foi imposto pela sua linhagem.

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“Todas as gerações antes de mim fizeram isso. O dia em que eu decidi ser lutador, para mim, foi um caminho natural, não uma escolha. Não era um querer, era o caminho Gracie. Foi o caminho natural que eu escolhi na vida. Peguei a faixa-preta e fui fazer MMA. Eu estava ganhando muito no Jiu-Jitsu e parti para o MMA. Não foi por paixão em lutar, mas sim por ser Gracie”, finalizou o faixa-preta.

Apesar de não ter o mesmo amor pelo MMA que tinha pelo Jiu-Jitsu, Roger Gracie teve uma carreira respeitável nas artes marciais mistas. Ele fez 10 lutas, venceu oito, sendo seis delas por finalização, e foi derrotado apenas duas vezes. Lutou, também, em grandes organizações como Strikeforce e UFC, e se tornou o primeiro campeão dos meio-pesados do ONE FC.

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Roger Gracie é considerado por muitos o maior nome da história do Jiu-Jitsu, tendo conquistado dez títulos mundiais na faixa-preta, sendo três deles na categoria absoluto. Ele também foi campeão do ADCC, o maior torneio de grappling do mundo, em 2005, na categoria até 98 kg e no absoluto. Aos 42 anos, vive em Londres, onde comanda a Roger Gracie Academy, uma das maiores academias de Jiu-Jitsu da Europa.

Publicado por
Igor Ribeiro