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Strickland comove com história trágica de sua infância e afirma que Du Plessis ‘passou da linha’ em provocação

Sean Strickland é o atual campeão dos médios no UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Conhecido por falas e provocações polêmicas, Sean Strickland abriu o jogo e mostrou seu lado humano para aqueles que não conheciam. Vítima de maus-tratos e abusos por parte de seu pai na infância, o campeão dos médios (até 83,9kg.) demonstrou irritação com falas de Dricus Du Plessis a respeito de sua vida pessoal e prometeu matar seu rival em confronto agendado para o UFC 299, em 20 de janeiro.

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“Há algumas coisas que estão fora dos limites. Você realmente não fala sobre a esposa de um homem, você não fala sobre os filhos de um homem, e você não fala sobre uma criança sendo abusada. Essas coisas estão todas fora dos limites. Uma vez que ele atravessou isso… Tentei ignorá-lo. Eu estava fervendo”, disse Strickland no podcast ‘This Past Weekend’.

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Ao seguir com a fala, Sean declarou que o trauma vivido modificou, de fato, sua vida.

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“Sempre que o Dricus passa lá e ele brinca com essa p***, cara, você não tem ideia. Vou te fu****, você não tem ideia, eu vou te matar. Eu acho que a questão também é, quando você é uma criança e você é feito para ser vítima a vida inteira, como um adulto, você é como nunca mais. Vou te matar nessa porr*”, continuou.

S. Strickland enfrenta D. Du Plessis no UFC 297. Foto: Reprodução/Instagram

História trágica vivida na infância

Vítima de abusos e agressão por parte de seu pai, Strickland contou momentos difíceis que teve enquanto tentava proteger sua mãe de violência doméstica.

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“Eu estava provavelmente na terceira ou quarta série, costumava dormir sempre no quarto da minha mãe porque achava que meu pai ia matar minha mãe. Então eu dormia na porta, dormia embaixo da cama. Eu dormia na porta porque achava que meu pai ia matar minha mãe”, contou.

Durante a declaração, Strickland relembrou episódio em que precisou dormir no chão para evitar piores acontecimentos com sua responsável.

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“Um dia, foi tão f***, eles entraram em uma briga ruim, foi como terceira, quarta série, meu pai ficou tipo ‘vai se f***, ele não dormirá aqui esta noite, expulse-o’. Então rastejo debaixo da cama e durmo embaixo da cama. Eu fico deitado embaixo da cama enquanto eles estão brigando, porque eu acho que meu pai ia matar minha mãe”, revelou o atleta.

Sean Strickland em luta no UFC 293. Foto: Instagram/UFCEspanol

O atleta opta por contar detalhes, revela desfecho do momento dramático e lamenta decisão da mãe ir em busca de soltar o agressor após ser pego pela polícia.

“Meu pai fica em cima da minha mãe e eu lembro que ele falou ‘vou te matar hoje à noite’. Talvez seja apenas sexo bruto, não sabemos neste momento. Estou embaixo da cama e ele começa a estrangulá-la. Eu saio e a única coisa que eu consigo ver é um violão, eu só quebro aquela merd* na cabeça dele e chamo a polícia. Corro pela rua para chamar a polícia, ele é preso e minha mãe burra o salva da cadeia. Eu diria que essa é a ponta do iceberg”, relatou.

Perda da fé e ausência de memórias felizes quando criança

“Agora você acelera isso, eu não ia para a escola. Estou acordado até as 3 da manhã e não conseguia ficar acordado na escola. Parei de acreditar em Deus quando estava no ensino fundamental. Eu estava deitado na cama chorando pensando em me matar. Não pode haver a porr* de um Deus aqui. Como existe um Deus. Por que eu estaria nessa situação se houvesse um Deus? Não tem Deus nessa merd* Minhas primeiras lembranças. Quando penso em quando era criança, não me lembro de uma boa lembrança, nenhuma porr* de uma boa lembrança de criança”, acrescentou.

S. Strickland em coletiva de imprensa com camisa provocativa. Foto: Reprodução/Instagram

Por fim, Strickland afirmou que brincar com os traumas é a maneira utilizada para seguir com a vida após sofrer com abusos e momentos dramáticos em sua casa.

“É uma das coisas que as pessoas não entendem que é o trauma. As pessoas entendem, quando eu falo ‘eu mataria um homem’, é como se você não entendesse. Quando você passa por esse nível de trauma, você apenas cumprimenta o mundo de forma diferente. Eu brinco com toda essa, enquanto estamos rindo, você tem que brincar sobre isso. Se você não faz, como você processa esse tipo de abuso? A vida tá boa, eu ganho muito dinheiro agora. Estou feliz”, concluiu.

Publicado por
Léo Guimarães