As provocações entre Leon Edwards e Colby Covington na coletiva promocional do UFC 296 aguçou a curiosidade dos fãs para o desfecho da disputa de título deste sábado (16). Embora manter o título, de um lado, e conquistar o trono inédito, do outro, seja o sonho dos protagonistas, há mais em jogo do que se imagina.
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Para o atual campeão, se manter no topo dos meio-médios (até 77,1kg.) permite que o atleta amplie seu legado na divisão e sonhe com ‘status’ de ‘melhor da história. O desafiante, Covington, quer colocar fim na sina de duas tentativas frustradas em vestir o cinturão.
No entanto, a disputa entre os desafetos vai além do título. Para ambos, uma derrota pode ser fatal e representar ‘o fim’ no sonho de ocupar o posto mais desejado dentro de uma categoria no MMA.
Atenção para Edwards
Campeão dos meio-médios desde 2022, Edwards está longe de ser o detentor de cinturão mais popular da empresa. Embora tenha atingido a glória com méritos, ao superar o então imbatível Kamaru Usman, o estilo pragmático e elevado número de vitórias na decisão dos juízes trazem ceticismo quanto ao seu talento para parte dos fãs do esporte.
Caso seja superado por Colby, que goza de grande prestígio com a diretoria do UFC, Leon dificilmente receberá a revanche imediata. Além da fila de talentos em ascensão e sedentos pela oportunidade de lutar pelo título, uma possível trajetória curta como líder da categoria pode levar o inglês para o ‘fim da fila’.
Em grupo recheado de ‘leões’, principalmente quando consideramos o top 10, uma eventual derrota não seria um vexame, mas poderia sacramentar o ‘adeus’ do lutador na tentativa futura de reaver o trono.
Há de se lembrar que, há alguns anos, Edwards teve seu posto no top 15 ameaçado por sua inatividade. Com duas lutas entre 2019 e 2021 o inglês acabou incomodando a diretoria do UFC e foi forçado a dar o braço a torcer, topando desafio contra Belal Muhammad (que terminou em ‘no contest’.
Ainda sem conquistar a condição de desafiante, o inglês aceitou enfrentar Nate Diaz, que, à época, sequer figurava entre os 15 primeiros colocados do grupo. Leon passou pelo veterano ‘bad boy’ e, desta vez, anulou as negativas da empresa em escalá-lo para encarar o campeão.
Última chance para Covington
Destaque dos meio-médios por anos, Covington está perto de travar sua terceira disputa de cinturão na categoria. Ex-campeão interino do grupo, o atleta teve duas tentativas frustradas de vestir a cinta, ambas diante de Kamaru Usman.
Embora tenha grande popularidade, principalmente diante dos fãs norte-americanos e apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Colby vive uma ‘sinuca de bico’. Aos 35 anos, o ‘falastrão’ não tem mais tempo a perder.
Se for novamente batido em luta pelo trono, o lutador pode ser ‘esquecido’ pelo desgaste ou desinteresse do público em vê-lo atuar em eventual quarta disputa. A inatividade do pupilo de Trump também pesa contra o veterano.
Nos últimos três anos, Colby atuou apenas três vezes. Seu último compromisso aconteceu em março de 2022, quando bateu o ex-melhor amigo Jorge Masvidal, em confronto monótono.
Embora tenha planos ousados e garanta que conquistará o cinturão, Covington pode ir do ‘céu ao inferno’ neste fim de semana. O tropeço deve, de fato, ser considerado impossível, pois, se perder, os fãs podem acompanhar a despedida de um dos grandes atletas do Ultimate que não conquistaram um título linear.
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