Mendes (foto) enfrentará Aldo em outubro. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC
Os dias de lutadores brasileiros campeões do UFC estão chegando perto do fim. É o que garante Chad Mendes, próximo desafiante pelo cinturão dos penas que enfrentará o campeão, José Aldo, na luta principal do UFC 179, no dia 25 de outubro.
O norte-americano garantiu que, após o evento do Rio de Janeiro, o Brasil não terá mais nenhum cinturão. “No mundo perfeito, vou entrar no octógono e quebrar a confiança de Aldo, colocando muita pressão sobre ele. Acho que vou finalizar a luta com um nocaute ou um nocaute técnico. Sei que ele é o único campeão do UFC que o Brasil tem hoje, mas não posso fazer nada. Acho que eles ficarão sem nenhum campeão depois do dia 25”, previu o lutador, em entrevista ao podcast “The MMA Hour”, do site norte-americano “MMA Fighting”.
Mendes avaliou a fase de Aldo e afirmou que o brasileiro não está com a mesma objetividade de antigamente. Para ele, algumas mudanças na vida pessoal do campeão podem ter afetado seu desempenho dentro do octógono. “Ele só fica usando chutes baixos e dando jabs. Sim, ele está vencendo as lutas, mas não é empolgante. Ele não termina as lutas, ele não procura terminar as lutas. Ele quer conseguir a vitória e se mandar de lá. Ele é um cara diferente – se casou, tem um filho recém-nascido. Muitas pessoas dizem que isso muda um homem. Neste esporte, você precisa ter aquela agressividade e aquela vontade de destruir seu oponente, mas talvez isso tenha acabado para ele”, opinou.
O desafiante também viu com bons olhos o empurrão que Aldo lhe deu durante os eventos promocionais para o combate. “Aldo perdeu as estribeiras, e isso nunca havia acontecido antes. Ele quis voltar atrás e dizer que queria vender a luta, mas, se esse fosse o caso, ele não viria a público e dizer isso depois. Para mim, eu estou na sua cabeça. Acho que ele se sente ameaçado, e é nessa posição que eu quero estar. Quando você está em uma encarada e o cara te empurra, eu acho divertido. É divertido ver ele ficando frustrado e perdendo a calma”, declarou.