O recente anúncio do fim da parceria entre UFC e USADA (sigla em inglês para Agência AntiDoping dos Estados Unidos) a partir de 2024 esquentou o debate sobre a relação dos atletas do MMA com o doping. Lenda do esporte, Anderson Silva se manifestou a respeito do assunto e opinou que as testagens deveriam ser mais flexíveis, ocorrendo apenas na semana da luta.
Em participação recente no ‘Flow Podcast’, Anderson Silva defendeu que atletas de MMA possam fazer uso de certas substâncias, com aval médico, para prevenir lesões durante os períodos de treinamento.
“Dependendo do esporte, sim (tem que haver um controle rigoroso). Se for esporte olímpico, tem que ter. Acho que o UFC não deveria ser tão rigoroso. Não é esporte olímpico. O treino que os atletas de MMA fazem é completamente diferente de qualquer outro atleta de luta, porque eles se colocam no extremo. O cara treina boxe, wrestling, jiu-jitsu, sparring, preparação física e um monte de coisa. Teve uma época que lesionou muita gente. Quando um cara está fazendo um acompanhamento médico, tomando alguma coisa sem se fora do controle, ele não vai se lesionar. Isso não vai mudar a performance dele em nada na luta. Sou a favor do teste antidoping na semana da luta. Se na semana da luta você cair no doping, aí é f***, aí não dá”, opinou o Spider.
Lenda dos pesos médios (até 83,9kg) e considerado por muitos o maior lutador da história do esporte, Anderson Silva foi flagrado em dois exames antidoping ao longo da carreira. Em 2015, o Spider teve a vitória conquistada sobre Nick Diaz retirada e foi suspenso por um ano, enquanto alegava ter usado um estimulante sexual oriundo da Tailândia.
O segundo caso aconteceu em 2017, enquanto se preparava para um duelo contra Kelvin Gastelum. Anderson foi flagrado pela USADA que, posteriormente, reconheceu que o brasileiro havia ingerido um suplemento contaminado e reduziu a pena de dois para um ano.