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Ex-lutadora do UFC doa cérebro para estudos sobre ‘Demência Pugilística’: ‘Quero ajudar as mulheres’

Julie Kedzie (esq.) encara Bethe Correia (dir.) antes de luta em 2013. Foto: Reprodução/Instagram

Aposentada do MMA em 2013, Julie Kedzie revelou que doará seu cérebro à ciência para ampliar o conhecimento sobre a ‘Encefalopatia Traumática Crônica’, a ‘Demência Pugilística’. Antiga representante do UFC, a ex-lutadora explicou a decisão e reforçou o intuito de colaborar com o esporte na intenção de minimizar os danos causados pela condição que acomete atletas envolvidos nos esportes de combate ao redor do mundo.

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“Me parece a escolha normal a se fazer. Fui muito atingida na cabeça, então, talvez possamos ver o que tem lá (no cérebro), ou tirar proveito de alguns dados. Se houver alguma maneira de me manter envolvida e ajudar na evolução da causa feminina, é o que farei. Quero fazer ajudar as mulheres no esporte, porque há muitos estudos sobre o cérebro masculino e, talvez, haja uma perspectiva diferente no feminino. O conhecimeno tem avançado consideravelmente. Por mais que eu seja crítica ao UFC e enxergue muitos problemas a serem resolvidos, o ‘Instituto de Performance’ tem prestado mais atenção nos estudos, e isso é ótimo”, disse Kedzie, em entrevista à ‘BBC Sport‘.

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De acordo com o neurocientista Chris Nowinski, fundador da ‘Concussion Legacy Foundacion’, que se dedica a estudar casos envolvendo concussões no meio esportivo, Julie apresenta sintomas que podem ser relacionados à ‘Demência Pugilística’. A fundação, futuramente, será responsável por estudar o cérebro da ex-lutadora.

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“Julie Kedzie, ex-lutadora do UFC, doou seu cérebro para a ‘Concussion Legacy Foundacion’ a fim de pesquisas. Ela tem sofrido com depressão, ansiedade, hiperatividade, impulsividade e insônia desde que se aposentou do MMA, em 2013”, escreveu Chris, em seu perfil no Twitter.

Com passagens pelo Strikeforce e Ultimate, Kedzie competiu na modalidade entre 2004 e 2013, acumulando um cartel de 16 vitórias e 13 derrotas.

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Em seu último desafio, a lutadora mediu forças com a brasileira Bethe Correia e foi superada na decisão dividida dos juízes. O confronto com ‘Pitbull’ representou a despedida da norte-americana das artes marciais mistas.

Hoje, aos 42 anos, Kedzie administra função na diretoria do Invicta FC. A veterana é uma das responsáveis por confirmar confrontos na empresa que se dedica exclusivamente a promover desafios no MMA feminino.

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Publicado por
VH Gonzaga