Oito anos atrás, o mundo do MMA testemunhou uma das maiores zebras da história do esporte. Em 14 de novembro de 2015, no UFC 193, em Melbourne, na Austrália, Holly Holm chocou o mundo ao nocautear a então invicta e dominante campeã peso galo (61,2kg.) Ronda Rousey, com um chute na cabeça no segundo round.
A luta era esperada como mais uma defesa de cinturão tranquila para Rousey, que vinha de 12 vitórias seguidas, sendo seis pelo Ultimate, e tinha finalizado ou nocauteado todas as suas adversárias em menos de dois minutos. A norte-americana era considerada a maior estrela do MMA feminino e uma das melhores lutadoras de todos os tempos.
Holm, por sua vez, era vista como zebra, que tinha apenas duas vitórias pelo UFC, ambas por decisão, e que não teria chances contra o jogo de quedas e o judô de Rousey. A ex-campeã mundial de boxe, porém, mostrou uma estratégia perfeita, mantendo a distância, movimentando-se bem e evitando as investidas da campeã. Com golpes precisos e potentes, ela abalou a confiança da rival, que ficou frustrada e desorientada.
No segundo round, Holm acertou um chute alto de esquerda na têmpora de Rousey, que caiu desacordada no chão. O árbitro interrompeu a luta aos 59 segundos, declarando Holly a nova campeã peso galo do UFC.
Foi a primeira derrota da carreira de Rousey, que nunca mais foi a mesma depois disso. Ela voltou a lutar apenas um ano depois, sendo nocauteada por Amanda Nunes em 48 segundos, e se aposentou do MMA.
Holly, contudo, não conseguiu manter o cinturão por muito tempo. Ela perdeu o título em sua primeira defesa, sendo finalizada por Miesha Tate no quinto round, no UFC 196, em março de 2016.
A luta entre Holm e Rousey foi considerada uma das maiores surpresas e uma das melhores performances da história do UFC. O evento, que teve mais de 56 mil espectadores na arena, foi um dos mais lucrativos da organização, gerando mais de 1,1 milhão de vendas de pay-per-view.