Líder da academia Nova União e treinador principal de Renan Barão, Dedé Pederneiras ainda não digeriu o turbulento fim de semana que viveu no UFC 177, no fim de agosto. O experiente treinador classificou os acontecimentos como o pior momento de sua longa carreira no MMA, sendo que ele nunca havia presenciado algo parecido acompanhando seus atletas no UFC.
Na sexta-feira (29 de agosto), instantes antes da pesagem oficial do UFC 177, Barão foi retirado da luta que faria com TJ Dillashaw, válida pelo cinturão dos galos, após passar mal durante o processo de corte de peso.
“Com certeza foi o pior dia da minha carreira, mais do que a perda do cinturão, mais do que qualquer outra coisa. Não posso dizer que foi o pior dia da minha vida porque nada se compara à perda de um familiar, e eu já perdi meu pai. Mas com certeza foi o pior dia profissional. Em 18 anos de carreira, foi a primeira vez que isso aconteceu isso comigo. Desde meu primeiro atleta no UFC, o Rafael Carino, eu venho acompanhando atletas e todas as vezes em que estava nunca tive um atleta que apagou e teve que ser retirado de um duelo por não ter condições de lutar”, comentou Dedé em entrevista à rádio “Beat98”.
Evitando tirar conclusões precipitadas, Pederneiras disse que irá investigar a fundo as causas do problema enfrentado por Barão. “Agora vamos fazer uma série de baterias com o Renan Barão para tentar entender o que deu errado, já que a planilha estava sendo seguida corretamente, dentro do planejado. Muita gente está perguntando se o Barão mudou a forma como perdeu o peso, mas essa foi a fórmula exata que fizemos em todas as lutas até hoje, menos no último que ele chegou mais leve, mas acreditamos que não era o ideal, por isso voltamos à forma antiga. Acho que o Barão precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos e desgastes no corte. Mas vamos fazer os exames médicos e esperar”, contou.
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