Um dos críticos mais contundentes de Renan Barão após sua saída repentina do UFC 177 a poucas horas da pesagem oficial do evento, o presidente Dana White resolveu pedir uma trégua. Durante a entrevista coletiva que sucedeu a noite de lutas, no último sábado (30), Dana afirmou que Barão sofreu as duras consequências do ocorrido e pediu o fim da pressão sobre o ex-campeão.
“É claro que tudo isso nos incomodou muito, mas ele está indo para casa sem um centavo. Barão não luta desde maio, pagou caro para se preparar por meses e ninguém sabe quando voltará a lutar. Acreditem quando digo que as penalidades no MMA são piores do que em qualquer outro esporte. Barão chegou a um ponto em sua carreira em que passou a ganhar dinheiro de verdade. Ele finalmente está ganhando muito dinheiro e perdeu a bolsa após um período inteiro de treinos. Para mim já é o suficiente”, disse White.
Apesar do discurso, porém, o dirigente voltou a afirmar que considera que a responsabilidade da situação é de Barão e sua equipe. “Estamos todos chateados por ele não ter batido o peso, mas não se pode tratar o garoto como se ele não fosse um ser humano. Ele é um bom garoto, não é um cara ruim. Somente ele e sua equipe sabem a razão pela qual ele não bateu o peso. Eles agora precisam se sentar, conversar e tomar uma decisão séria sobre o que aconteceu. Não há desculpa para o que ele fez. Você não pode vir aqui e não bater o peso, mas ele já está pagando pelo que aconteceu. Você não pode penalizá-lo mais do que esse garoto já foi penalizado. Ele passou por um verdadeiro inferno. E o inferno não acabou para ele, porque ele vai para casa sem receber a sua bolsa”, avaliou.
Na última sexta-feira (29), poucas horas antes da pesagem oficial do UFC 177, em que enfrentaria TJ Dillashaw pelo cinturão dos galos, Renan Barão acabou retirado do evento após desmaiar, cair e bater a cabeça durante seu processo de corte de peso. O brasileiro chegou a ser hospitalizado. Devido à sequência de fatos, Barão não recebeu seu pagamento referente à participação no evento e , também segundo à direção da organização, perdeu o posto de desafiante número um ao título, devendo vencer mais algumas lutas antes de lutar pelo cinturão novamente.