O UFC 295, que aconteceria no dia 11 de novembro, em Nova York (EUA), sofreu uma baixa de peso. O campeão dos pesos pesados (até 120,2kg.), Jon Jones, teve que se retirar do evento por conta de uma grave lesão no ombro, que o deixará afastado do octógono por até oito meses. O Bones enfrentaria o ex-detentor do cinturão, Stipe Miocic, em sua primeira defesa de título na categoria.
A lesão de Jones ocorreu durante um treinamento de wrestling em sua academia, em Albuquerque, Novo México. O lutador rasgou o tendão que conecta o ombro ao osso e precisará passar por uma cirurgia. O presidente do UFC, Dana White, confirmou a notícia em suas redes sociais e lamentou a situação do campeão.
Jon Jones é considerado por muitos como o maior lutador de todos os tempos no MMA.
O norte-americano conquistou o cinturão dos meio-pesados do UFC em 2011, aos 23 anos, e o defendeu por 11 vezes, batendo nomes como Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort e Daniel Cormier. Em 2023, ele subiu para os pesados e se tornou campeão da categoria, ao finalizar Ciryl Gane no UFC 285.
Não é a primeira vez que Jon não consegue se apresentar por uma lesão. Ainda em 2014, enquanto se preparava para enfrentar Cormier, o Bones teve seu menisco rompido. A lenda, no entanto, não é o único grande nome do MMA que teve sua trajetória prejudicada por lesões.
Considerado um dos maiores ídolos do UFC e do MMA, Anderson Silva foi campeão dos médios por sete anos e defendeu o cinturão por dez vezes, com vitórias sobre Chael Sonnen, Rich Franklin, Dan Henderson e Demian Maia.
Em 2013, o Spider perdeu o título para Chris Weidman, ao ser nocauteado no UFC 162. Na revanche, pela edição de número 168, o brasileiro sofreu uma fratura na perna esquerda, ao chutar o adversário. A lesão foi tão grave que muitos pensaram que Silva nunca mais voltaria a lutar. Ele se recuperou e voltou ao octógono em janeiro de 2015, mas nunca mais foi o mesmo.
Dominick Cruz deteve o cinturão de WEC e do UFC nos pesos galos (até 61,2kg.) com um estilo único de movimentação e trocação. O norte-americano defendeu o cinturão do UFC duas vezes, contra Urijah Faber e Demetrious Johnson, mas depois ficou afastado por quase três anos por conta de lesões no joelho.
Cruz voltou em 2014 e venceu Takeya Mizugaki em apenas um minuto, mas logo depois se lesionou novamente e teve que abrir mão do cinturão. Ele ainda retornou em 2016 e recuperou o título ao vencer TJ Dillashaw, mas perdeu para Cody Garbrandt no mesmo ano. Foram mais quatro anos fora até seu retorno em 2020 e, desde então, apenas quatro apresentações foram feitas pelo The Dominator no octógono, sempre tendo que superar dores no local.
O mexicano-americano Cain Velásquez é outro lutador que foi impactado com graves desafios enquanto estava no topo.Ele foi campeão da divisão duas vezes, com vitórias sobre Brock Lesnar, Junior Cigano e Antonio Pezão, e era conhecido por sua força física, seu wrestling de alto nível e seu gás impressionante.
No entanto, Velásquez também teve sua carreira atrapalhada por lesões no joelho, no ombro e nas costas. O ex-lutador perdeu o cinturão para Fabricio Werdum em 2015, em uma luta na altitude do México. Depois disso, lutou apenas duas vezes: uma vitória sobre Travis Browne em 2016 e outra derrota para Francis Ngannou em 2019. Cain se aposentou do MMA em 2019 e se aventurou no pro-wrestling.
José Aldo defendeu o cinturão do UFC sete vezes nos pesos penas (até 65,7kg.), mas foi na luta mais importante de sua carreira que o pior aconteceu. Enquanto fazia a reta final da preparação para a luta contra Conor McGregor, o brasileiro quebrou a costela durante o período de treinamentos.
O duelo foi adiado por cinco meses, quando o Notório o derrotou em apenas 13 segundos. O “Campeão do Povo”, posteriormente, voltou a ser campeão da divisão e desceu aos pesos galos (até 61,2kg.), mas o episódio marcou.
Novo protagonista do UFC 295, quando enfrenta Alex Poatan, Jiri Prochazka passou por grande aprovação recente. O tcheco, que é considerado um dos maiores nomes da atualidade dos pesos meio-pesados (até 93kg.), se preparava para a revanche diante de Glover Teixeira — após tê-lo vencido no primeiro encontro.
O lutador, contudo, sofreu uma lesão no ombro durante um treino e teve que se retirar da luta. Prochazka abdicou do cinturão e espera a vitória para voltar ao topo da divisão.
Jamahal Hill se tornou o campeão da categoria em janeiro de 2023, ao superar o próprio Glover Teixeira por pontos. O norte-americano estava próximo de fazer sua primeira defesa de título, justamente contra Jiri Prochazka, quando sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles, durante partida de basquete.
Sem estar liberado para atuar, Jamahal liberou o cinturão, que estará em jogo no UFC 295. Ele espera voltar a lutar pelo título quando se recuperar.