No mundo dos esportes de combate, toda que vez que algo sai fora da normalidade entre dois atletas que vão se enfrentar o retorno na audiência costuma ser garantido. O método, apesar de ser eticamente questionável, tem retorno quase sempre positivo no apelo junto ao público – vide o crescente furor sobre Jon Jones x Daniel Cormier após a briga da dupla em uma coletiva. E foi justamente este impacto na promoção do combate que pesou na decisão de José Aldo empurrar Chad Mendes durante evento no Maracanã nesta terça-feira (26), segundo revelou o próprio lutador.
“A gente já tinha se reunido na academia, para tentar dar uma esquentada na luta. Acho que faz parte. É o show”, disse o campeão dos penas durante conversa com a imprensa em São Paulo (SP). “A gente fez aquilo, foi bom. Acho que hoje estava todo mundo querendo saber daquilo, o que tinha acontecido. Mas tem o lado ruim também, de que, quem não entende o MMA, pode dizer que foi briga”, completou.
Apesar de reconhecer que foi uma atitude premeditada, o brasileiro se mostrou arrependido pelo ocorrido e garantiu que este tipo de animosidade não vai ser a tônica daqui até o dia da luta. “Depois, vi que aquilo não é da minha pessoa. Ficou para trás. O importante é a luta”, comentou Aldo. “Da minha parte, (passei do ponto) sim. Já debati na internet com vários adversários, mas nunca empurrei ou fiz nada do tipo. Então melhor me comportar do jeito que eu sou mesmo, sem fazer promoção. Melhor manter como eu sou, com o pé no chão”, concluiu.
No dia 25 de outubro, na luta principal do UFC 179, José Aldo faz a revanche pelo cinturão dos penas contra Chad Mendes – a quem já venceu em 2012, também no Rio. No evento co-principal da noite, o ex-desafiante ao cinturão dos meio-pesados Glover Teixeira enfrenta o norte-americano Phil Davis. Os ingressos para o setor de arquibancadas da noite de lutas já se esgotaram no primeiro dia de vendas.
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