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Fora da festa e de lutas decisivas no UFC 294: o que o futuro reserva a Do Bronx e Borrachinha?

Do Bronx e Borrachinha

Charles do Bronx (esq.) e Paulo Borrachinha (dir.) foram cortados do UFC 294. Foto: Reprodução/Instagram

A ausência de Charles do Bronx e Paulo Borrachinha no UFC 294 ainda não foi bem digerida por parte da torcida brasileira. Fora do show e de compromissos decisivos, os destaques da organização vivem a incerteza do próximo passo na companhia. Enquanto o peso leve (até 70,3kg.) disputaria o título da categoria no fim de semana, o mineiro travaria aguardado embate, que poderia confirmar sua condição de desafiante entre os médios (até 83,9kg.).

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Pensando no futuro dos lutadores, a equipe do SUPER LUTAS apontou cenários para os próximos passos dos atletas. Os desfechos dos principais confrontos do UFC 294 podem influenciar diretamente na decisão da companhia.

Charles do Bronx

Lutador brasileiro mais popular na história recente do MMA, Do Bronx deixou o UFC 294 após sofrer leão no último treino antes da viagem à Abu Dhabi. Sem tempo hábil para a recuperação, o ex-campeão dos leves foi substituído por Alexander Volkanovski.

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Para seguir sonhando com uma disputa de título imediata, Charles e seu time precisam torcer para uma vitória do antigo algoz, Islam Makhachev. Um resultado positivo do australiano poderia forçar a diretoria do UFC a promover uma trilogia entre os lutadores, já que a disputa ficaria empatada entre eles.

Se Volkanovski vence, Do Bronx teria algumas opções, caso não deseje aguardar pelo terceiro encontro entre os concorrentes.

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Justin Gaethje: ex-campeão interino e antiga vítima do brasileiro, o norte-americano é figura carimbada no topo da divisão. Além do retrospecto recente positivo, o atleta é conhecido por entregar batalhas no octógono. Em seu último desafio, o lutador somou o cinturão ‘BMF’ após nocautear Dustin Poirier.

Mateusz Gamrot: reserva imediato na luta principal do UFC 294, Mateusz Gamrot acabou descartado mesmo com a confirmação da ausência de Do Bronx no evento. O lutador, que é promessa para o futuro da categoria, seguiu como suplente para a disputa de título. Hoje, o polonês acumula dois triunfos seguidos e ocupa a sexta posição no ranking.

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Conor McGregor: desafiado por Do Bronx desde a vitória do brasileiro sobre Jared Gordon no UFC São Paulo, em 2019, o ‘Notório’ poderia ser uma alternativa, caso a ‘novela’ pelo cinturão afaste, de alguma forma, o brasileiro das conversas. Tratado como o rival que entrega a ‘luta do dinheiro’, o irlandês vive imbróglio para voltar a competir. Impedido de retornar ao octógono por descumprir exigências da USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), o antigo duplo campeão da empresa tem o brasileiro em seu radar e poderia estar apto aos desafios no primeiro semestre de 2024, quem sabe, no histórico UFC 300.

Se Makhachev vence, Charles estaria mais perto do sonho.

Islam Makhachev: atualmente, Do Bronx ocupa a primeira posição no ranking dos leves, atrás apenas do campeão. Um resultado positivo do russo, unido à rivalidade dos lutadores, além do histórico de sucesso do brasileiro na divisão poderiam favorecer a uma nova chance de revanche ao paulista.

Considerando o sonho do título, torcer para o pupilo de Khabib Nurmagomedov seria a lógica para o tupiniquim. O russo representa o único tropeço de Charles nas últimas 12 apresentações, fazendo com que o currículo do astro da divisão fale por si.

Paulo Borrachinha

Enquanto um corte de supercílio forçou a ausência de Do Bronx de um dos maiores eventos da temporada, Borrachinha viveu drama maior. Acometido pela bactéria estafilococos, o mineiro passou por duas cirurgias no cotovelo e um mês, antes de ter sua saída da disputa conta Khamzat Chimaev confirmada pela organização.

Embora não fosse informação oficial do UFC, havia indícios de que o confronto entre os protagonistas da luta co-principal credenciaria o vencedor a um embate pelo trono dos médios. Com a saída de Paulo e chegada de Kamaru Usman, Dana White, presidente da companhia, valorizou o desafio, oficializando quem triunfar como adversário do campeão Sean Strickland pelo título.

Fora de ação, o que acontece com Borrachinha?

Diferente de Do Bronx, Paulo pode ter um caminho mais longo para realizar o sonho de lutar novamente pelo cinturão do grupo. No entanto, seguem algumas possibilidades para o mineiro.

Quem perder na luta co-principal: em Abu Dhabi há um mês, Borrachinha pode estar presente na ‘Etihad Arena’ para acompanhar o desfecho do confronto co-principal do show. Popular nas redes sociais, o brasileiro pode usar seu engajamento na tentativa de forças um embate contra um dos destaques do show.

Caso seja descartado por quem for superado, há outras possibilidades.

Robert Whittaker: por duas vezes, Borrachinha esteve no radar do ex-campeão Robert Whittaker para um confronto. No entanto, o desafio nunca saiu do papel. Embora não viva seu melhor momento na empresa, o neozelandês segue como destaque do grupo e não poderia ser descartado, já que, pelo legado, poderia ser considerado um atalho para que Paulo assumisse a condição de desafiante em menor espaço de tempo.

Dricus Du Plessis: antigo desafeto do ex-campeão Israel Adesanya, Dricus Du Plessis perdeu a oportunidade de disputar o título do grupo contra o então líder do grupo após sofrer lesão. Irritado por não ser chamado para enfrentar Khamzat Chimaev como substituto de Borrachinha, o sul-africano é outro nome de peso. Invicto no Ultimate, o lutador fez parecer fácil a última vitória, quando atropelou nada menos que Robert Whittaker. Hoje, o combatente ocupa a segunda posição na divisão.

Israel Adesanya (sem chance): o nome de Israel Adesanya, que acabou destronado no desafio contra Sean Strickland, poderia ser ventilado por Borrachinha. Ambos alimentaram grande rivalidade em 2020 e, no UFC 253, acertaram as contas em confronto que culminou na primeira derrota do brasileiro no MMA profissional. Um novo combate poderia agitar o ânimo dos fãs e trazer de volta a animosidade do passado. No entanto, recentemente o nigeriano admitiu pausa na carreira por tempo indeterminado.

Publicado por
VH Gonzaga