Astro da Seleção Brasileira e do Al Hilal, Neymar entristeceu parte dos torcedores com a confirmação de uma grave lesão no joelho (ruptura no ligamento cruzado anterior e menisco). A série de contusões sofridas pelo jogador se assemelha ao drama vivido a algumas das maiores estrelas do MMA, ou promessas da modalidade, que tiveram as carreiras prejudicadas pelos traumas recorrentes.
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Os fãs que, hoje, acompanham Tatiana Suarez como destaque no top 3 dos palhas (até 52,1kg.) do UFC podem não lembrar o passado de lesões que atrasaram o sucesso da norte-americana no MMA. Em 2012, antes mesmo de ingressar nas artes marciais mistas, a atleta lutou contra um câncer de tireoide, drama que afastou a combatente de competir nas Olimpíadas pelo seu país.
Em 2019, já como representante das artes marciais mistas, a lutadora sofreu uma lesão no pescoço e, entre aquela temporada e 2023, a atleta não conseguiu competir.
Recuperada, Suarez parece ter encontrado a estabilidade na carreira. Neste ano, aos 32, a peso palha realizou duas apresentações. A norte-americana não realizava dois confrontos em 12 meses desde 2018. Atualmente, a combatente é forte candidata a futura luta pelo trono dos moscas.
2) Dominick Cruz
Considerado por muitos como o melhor peso galo (até 61,2kg.) na história do MMA, Dominick Cruz é outro astro que, apesar do estrelato no esporte, teve a carreira atrasada por seguidas lesões. Primeiro campeão da categoria no Ultimate, o norte-americano vestiu o cinturão da empresa pela primeira vez em 2010, no entanto, viu seu reinado ameaçado mais pelas contusões do que pelos potenciais rivais.
Os constantes traumas no joelho forçaram o Ultimate a tomar medidas drásticas quanto a permanência de Cruz no topo de sua categoria. Entre 2012 e 2019, o ícone da divisão teve quatro desafios importantes cancelados por problemas físicos. No desafio contra Uriah Hall, por exemplo, em desafio que aconteceria no UFC 148, Dominick acabou rompendo os ligamentos do joelho.
Entre as contusões foram confirmadas lesões na virilha (lutaria contra Renan Barão, em 2014), braço quebrado (enfrentaria Jimmie Rivera, em 2017) e contusão no ombro (seria adversário de John Lineker, em 2019).
Em 2011, a organização adotou postura drástica e retirou o cinturão de Cruz pelo tempo de inatividade. O atleta recuperaria o trono em 2016 e manteria o reinado até o embate contra Cody Garbrandt no UFC 207.
Hoje, veterano com 38 anos, Cruz segue como destaque da divisão. Mesmo longe do auge, o lutador ostenta a nona posição no grupo liderado por Sean O’Malley.
3) Anderson Silva
Aquele que, para muitos, é o maior representante do MMA em todos os tempos, Anderson Silva também viveu drama e batalhou contra o próprio corpo na carreira. Apesar de trajetória impecável no seu auge, em 2013, o brasileiro chocou o mundo ao protagonizar uma das imagens mais agonizantes na história do UFC.
Em revanche contra Chris Weidman, norte-americano invicto que, meses antes havia tomado o título que o paulista ostentava desde 2006, ‘Spider’ acabou sofrendo fratura assustadora na perna. A fatalidade afastou o astro brasileiro do MMA por mais de uma temporada.
Recuperado, Silva seguiu competindo no Ultimate, mas, apesar de empolgante, não acumulou vitória como nos anos anteriores. No fim de 2020, após retrospecto negativo, o lutador optou por romper o vínculo com a companhia presidida por Dana White.
4) Shane Carwin
O atleta a posição número quatro, assim como Cruz e Anderson, chegou a conquistar um cinturão do UFC. Shane Carwin, antigo representante do peso pesado, teve passagem de sucesso pelo MMA profissional.
Com chegada no Ultimate em 2008, o peso pesado (até 120,2kg.) era invicto em oito desafios disputados. Versátil, o atleta disputou o cinturão interino da categoria em 2010, quando nocauteou Frank Mir.
Após ser superado por Brock Lesnar no confronto pela unificação do trono, Shane teve novo tropeço. O revés diante de Junior Cigano, em 2011, teve sabor inédito em sua carreira, já que o combatente nunca havia sofrido dois reveses consecutivos.
Além do tropeço, o desafio contra o brasileiro, representou a despedida de Carwim do MMA profissional. Nos anos seguintes, o atleta lutou contra lesões e após tentativas frustradas de volta, anunciou a aposentadoria nas redes sociais.
5) TJ Grant
Dono de carreira promissora no MMA, TJ Grant não teve a oportunidade de dizer que superou as adversidades e deu seguimento ao sonho de conquistar um título do UFC. O atleta, porém, esteve perto da conquista.
Representante da companhia entre 2009 e 2015, Grant teve trajetória sólida na organização atuando na divisão dos leves (até 70,3kg.). Nos anos de 2011, 2012 e 2013, o atleta acumulou cinco resultados positivos em sequência, sendo três deles na via rápida.
O bom momento garantiu ao atleta a condição de desafiante ao cinturão, que, à época, pertencia ao folclórico Ben Henderson. O drama para TJ, então, pode ser considerado mais doloroso. Durante os treinos preparatórios para a maior luta de sua carreira, um choque de cabeças com um companheiro de treinos provocou uma concussão e, por precaução médica, o combatente foi retirado do desafio.
Entre ensaios de uma possível retomada na carreira, Grant, para infelicidade do esporte, nunca retornou. Hoje, aos 38 anos, TJ está há mais de 10 anos afastado das competições de MMA.
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