Flagrada em exame antidoping pelo uso de Ritalina (metilfenidato), Mayra Sheetara recebeu um duro golpe da Comissão Atlética de Nevada (NAC). Destaque no peso galo (até 61,2kg.) do UFC, a brasileira, que estava perto de disputa de título na categoria, acabou suspensa por quatro meses e meio e teve a vitória contra Holly Holm revertida para ‘no contest’. O teste foi realizado nas vésperas de seu compromisso contra a ex-campeã do Ultimate.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (17) pelo ‘MMA Fighting’, Mayra, de 32 anos, teve punição decretada em votação unânime. Como a lutadora não compete desde julho, a brasileira estará ata para retornar ao octógono a partir de novembro.
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Além do gancho e da alteração no resultado da luta contra Holm, Sheetara também recebeu uma multa pela infração. A atleta terá de pagar 15% de sua bolsa para o embate contra Holly, totalizando em US$11,2 mil (cerca de R$56 mil).
Mayra Sheetara se defendeu de acusações
A notícia do flagra no exame antidoping foi dada inicialmente pela própria lutadora, no fim de agosto desta temporada. Na ocasião, a brasileira usou as redes sociais para confirmar o episódio, mas justificar o que provocou a situação.
“Para todos os meus fãs, é com profundo pesar que tenho que anunciar que falhei em um teste de doping que fiz na semana da minha luta contra Holly Holm. Quero começar dizendo que nunca na minha vida tomei uma substância para melhorar minha capacidade dentro ou fora do cage. Testei positivo para uma substância que é consistente com a medicação prescrita que tomo para o meu TDAH (Transtorno do déficit de Atenção com Hiperatividade). Eu tenho lidado com esse transtorno toda a minha vida e isso me afeta de várias maneiras”, escreveu a lutadora na época.
Apelo à USADA
Após explicação, a brasileira revelou que entraria com apelo à USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos) na tentativa de reverter a situação.
“Eu forneci uma infinidade de documentos e explicações à USADA e à Comissão Estadual de Nevada, detalhando o transtorno, os efeitos do transtorno na minha vida diária e minha tomada de decisão na ingestão do medicamento prescrito. Estou cooperando plenamente com a USADA, a Comissão Atlética do Estado de Nevada e o UFC para garantir que todas as informações estejam disponíveis e reconheço plenamente a presença da substância no meu sistema. Eu descontinuei este medicamento no início da semana de luta, como sempre o fiz no passado. A quantidade que apareceu no teste comprova que eu não fiz o uso do medicamento na competição”, contou.
Melhor fase na carreira
Representante do UFC desde 2018, Mayra Sheetara vive sua melhor fase dentro da companhia. Antiga atleta do peso mosca (até 56,7kg.), a mineira migrou aos galos no início de 2022.
Desde sua estreia na categoria que já foi liderada por Amanda Nunes, a brasileira acumula três vitórias na via rápida e, agora, um ‘no contest’. Hoje, a lutadora figura na terceira posição no grupo.
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