O advogado de Wanderlei Silva, Ross Goodman, confirmou que entrará com uma moção que solicita a retirada de qualquer medida legal que possa ser aplicada pela Comissão Atlética de Nevada ao brasileiro após a fuga do exame antidoping realizado em maio. De acordo com o advogado, a comissão não tinha autoridade para exigir um exame para Wanderlei, já que o lutador ainda não estava licenciado para competir.
Em maio, pouco antes da luta que faria contra Chael Sonnen no UFC 175, o brasileiro se negou a fazer um exame antidoping surpresa em sua academia, em Las Vegas (EUA). O ex-campeão do PRIDE esclareceu que havia tomado diuréticos (substância proibida) a fim de diminuir o inchaço em sua mão lesionada, e que, temendo testar positivo no exame, se recusou a fazê-lo. Com isso, Wanderlei foi retirado do card do UFC 175, sendo que sua situação para o futuro ainda é incerta.
Contudo, Goodman pediu para que nenhuma punição ao brasileiro seja aplicada, já que, naquele momento, Wanderlei não havia dado entrada no processo de obter a licença para lutar no evento. “Está abundantemente claro que a NSAC não tem jurisdição para tomar uma ação disciplinar sobre o Sr. Silva, que não estava licenciado, por não se submeter a um teste que a comissão não tinha autoridade para requerer. Apenas alguém anteriormente licenciado poderia ter violado o regulamento da comissão”, escreveu Goodman, em carta ao procurador-geral do Estado de Nevada obtida pelo site norte-americano “MMA Fighting”.
O caso do brasileiro seria discutido em sessão da comissão nesta quinta-feira (21), mas o lutador não compareceu à audiência. O assunto será discutido em ocasião futura, cuja data ainda não foi definida.
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