Depois de confirmar lesão no cotovelo e cirurgia nas vésperas da superluta contra Khamzat Chimaev, Paulo Borrachinha esclareceu sobre o drama vivido. Em entrevista ao ‘The MMA Hour’, o destaque brasileiro no peso médio (até 83,9kg.) do Ultimate explicou detalhes sobre o procedimento o qual foi submetido. O atleta, no entanto, descartou deixar o compromisso no UFC 294.
“Quando o médico me disse que seria necessária a cirurgia, eu estava com minha equipe. Eric (Albarracin, treinador) e Tamara (Alves, empresária e companheira). Todos estavam lá e eu perguntei quanto tempo levaria para remover os pontos. Eles disseram: ‘estamos a cinco semanas da luta e você precisará ficar com os pontos por duas semanas. Depois de duas semanas, vamos retirar os pontos e você terá duas semanas para treinar’. (…) Eu disse: ‘isso é bom. Boas notícias. É o suficiente’. Duas semanas são suficientes, porque estou bem fisicamente e pronto para lutar. Eu vim (para Abu Dhabi) pronto para lutar. Eu peço essa luta há muito tempo. Tenho perseguido e sei que ele (Chimaev) quer uma desculpa para deixar o confronto. Não vou deixar escapar. Pedi para os médicos não informarem o UFC, mas não tinha jeito. Eles contaram tudo”, afirmou Borrachinha.
Com a diretoria do Ultimate informada, Paulo confirmou preocupação por parte da empresa. O confronto contra Khamzat representa a luta co-principal do UFC 294 e pode oficializar o próximo desafiante ao título dos médios.
“O UFC estava preocupado comigo, pela cirurgia. Fiquei fora de ação por 10 dias, no Brasil e, aqui, tirei mais 14 dias antes e depois do procedimento. Eles ficaram preocupados com minha saúde. Mas eu fiz sparring e tudo mais”, explicou o mineiro.
Por fim, Borrachinha não se esquivou quando questionado sobre riscos de deixar o confronto. Focado no embate, o brasileiro foi taxativo ao responder se seguiria no evento.
“Sim, definitivamente sim”, cravou.
Atual número seis no ranking dos médios, Borrachinha realiza seu primeiro desafio na temporada 2023. Contra Chimaev, o atleta busca se aproximar de nova disputa de cinturão no grupo, hoje, liderado por Sean Strickland.
Pupilo do UFC, Khamzat estreia como representante oficial do peso médio. Invicto em 12 compromissos no MMA, o atleta pode se inserir no top 15 da divisão com salto considerável, caso passe pelo lutador brasileiro.