Assistir a um evento do UFC no Brasil pode ser considerada uma experiência ainda nova, já que ao todo foram realizado somente 15 cards da organização no país. Mas os valores investidos pelo torcedor que quiser acompanhar uma noite de lutas já ultrapassam os relativos a outro evento de grandes proporções cuja realização é ainda mais rara: a Copa do Mundo, cujo intervalo entre edições em solo brasileiro foi de 64 anos. Em qualquer um dos setores disponíveis, a edição de Brasília do Ultimate, que acontece no dia 13 de setembro, tem ingressos mais caros que os jogos da Copa na capital federal.
Usando como comparação os ingressos de categoria 4 do jogo de quartas de final ou a disputa de terceiro lugar realizadas no Estádio Mané Garrincha, as partidas mais caras em Brasília, e as entradas de arquibancada para o UFC Brasília, a diferença é de quase 60% – R$ 270 reais para o Ultimate e R$ 170 para os bilhetes reservados à brasileiros na Copa. Nos demais setores, a média também é mantida: R$ 330 no Setor 2 e R$ 500 nas Cadeiras (51%); R$ 440 no Setor 3 e R$ 690 no Octógono (57%); e R$ 660 no Setor 4 e R$ 990 no Octógono Premium ou R$ 1000 na Cadeira Especial UFC (51%).
A disparidade fica ainda mais gritante se compararmos os valores com os ingressos para os jogos da primeira fase, quando o Mané Garrincha recebeu o jogo da seleção brasileira contra Camarões. Neste caso, as entradas mais baratas para ambos os eventos têm diferença de 450%, com o Setor 4 da Copa sendo vendido a R$ 60 e as arquibancadas do Ginásio Nilson Nelson a R$ 270. Nos demais setores, a diferença oscila entre 255 e 285%, sempre com o preço mais elevado em favor do Ultimate.
Na comparação com UFC Goiânia, inflação só não atinge ingressos mais caros
Trazendo o comparativo para o próprio UFC e sendo levada em conta a última, e única, edição do Ultimate realizada na região centro-oeste, em Goiânia (GO), os valores praticados em Brasília também sofreram aumento significativo em todos os setores, exceto nos lugares mais caros.
Por exemplo, a entrada para a arquibancada da noite de lutas encabeçada por Vitor Belfort x Dan Henderson em novembro do ano passado custava R$ 200, R$ 70 a menos do que o preço mínimo para o card de Brasília. Este aumento de 35% é quase seis vezes maior do que a inflação registrada nos últimos 12 meses.
Já para os setores mais caros,Octógono Premium em Goiânia e Cadeiras Especiais UFC ou Octógono Premium em Brasília, a diferença foi mínima. Se para o card em Goiás, o torcedor teria que desembolsar R$ 950 para ocupar um dos melhores assentos destinados ao público, no caso do Distrito Federal este investimento será de R$ 990 ou R$ 1000 (dependendo da opção pelo espaço com serviços inclusos ou não). Neste caso, a alta foi de apenas 4,5%, em média.