Referência no peso palha (até 52,1kg.) do Ultimate, Marina Rodriguez terá compromisso decisivo neste sábado (23). Destaque no UFC Las Vegas 79, a gaúcha tenta encerrar uma série de duas derrotas diante de Michelle Waterson-Gomez. Para entrar no clima do desafio que pode devolver a gaúcha à trajetória rumo ao cinturão, relembre o passado da brasileira, que abandonou o design gráfico para brilhar como lutadora profissional.
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Formada em Design Gráfico, Marina Rodriguez chegou a trabalhar na área, mas o destino a levou para o mundo dos esportes. Em 2021, a gaúcha explicou, com exclusividade ao SUPER LUTAS, o que a fez mudar o rumo de sua vida.
Muay Thai: o primeiro amor de Marina Rodriguez
“Sou formada em Design Gráfico, trabalhava na área e pensei que precisava fazer alguma coisa que exigisse mais o físico. Sempre fui atleta, praticava todos os esportes no colégio. Eu tinha em mim que queria ser uma atleta, tinha jeito para qualquer esporte. Foi aí que, em Florianópolis, decidi procurar uma academia de lutas e encontrei a ‘Thai Brasil Floripa’. Cheguei para a minha primeira aula de Muay Thai, conheci meu mestre, Marcio Malko, gostei, mas não foi fácil, porque eu estava um pouco acima do peso. Meu mestre olhou e disse: ‘essa menina tem uma pegada’. Um dia ele me perguntou: ‘tem interesse de lutar?’. Eu: ‘quero!’. Foi ali que ele viu que tinha um grande futuro”, contou a brasileira.
Especialista na trocação, se engana quem pensa que o primeiro contato de Marina tenha sido com Muay Thai. O teste inicial da lutadora, curiosamente, foi no judô.
“Isso é uma coisa que eu nunca falei para ninguém”, disse Rodriguez, à época. “Eu fazia judô quando eu era pequena, fui até a faixa laranja, mas tive que sair. Esse foi meu primeiro contato (com as artes marciais)”, afirmou.
Ascensão relâmpago no MMA: friamente calculado
Com futuro de sucesso no Muay Thai, Marina Rodriguez encontrou no MMA uma oportunidade de conquistar o mundo, além das vantagens financeiras. A atleta, então, explica como se deu o processo de migração entre as modalidades e falou sobre o início convincente nas artes marciais mistas.
“Fiz umas 12 lutas amadoras no Muay Thai e, até então, não pensava no MMA. Um dia, meu mestre me convidou para fazer um treino no MMA. Pensei: ‘já vi na TV, sei como faz algumas coisas. Fizemos e ele falou: ‘acho que esse é o caminho. Vamos?’. Fiz minha primeira luta amadora de MMA, venci uma menina que tinha ‘200’ lutas de Muay Thai e ainda tinha jiu-jitsu. Enchi ela de porrada. Meu mestre disse que ali estava o futuro e o dinheiro, que a gente poderia fazer uma grande carreira. Aí, comecei a treinar jiu-jitsu e começou a vida no MMA”, contou.
Depois de início avassalador nas artes marciais mistas, Marina Rodriguez explicou o motivo da evolução relâmpago no esporte.
“Muita gente acha que foi rápida a minha trajetória. É que foi tudo muito bem planejado. Marcio Malko conseguiu enxergar os lugares certos que eu deveria ir, a hora certa e, uma coisa que muita gente não sabe é que fiz 10 lutas (consecutivas) sem ter férias, sem descansar, porque nosso objetivo era entrar no UFC. Como entrei muito tarde no mundo da luta, não tinha como ficar esperando. A gente fez essas lutas uma atrás da outra, sempre treinando, estando 70%, 90% pronta para pegar as oportunidades de luta. Antes de entrar pelo ‘Contender Series’, fiz duas lutas em menos de 15 dias e consegui a oportunidade de entrar no UFC. Fui lá, nocauteei e entrei”, afirmou.
Da estreia, aos dias de hoje
Representante do Ultimate desde 2018, Marina Rodriguez acumula 11 compromissos com as luvas da organização. Hoje, a gaúcha soma seis vitórias, três derrotas e dois empates na companhia.
Entre 2021 e 2022, a brasileira era cotada como provável desafiante ao título do peso palha. As derrotas diante de Amanda Lemos e Virna Jandiroba, no entanto, afastaram momentaneamente a lutadora do top 5 do grupo.
Velha conhecida de Marina Rodriguez
No UFC Las Vegas 79, Marina Rodriguez terá a oportunidade de se redimir. Pela frente, a combatente terá uma velha conhecida.
Contra Michelle Waterson- Gomez, a gaúcha reedita confronto ocorrido em maio de 2021. No primeiro encontro com a veterana, a tupiniquim levou a melhor, vencendo na decisão unânime dos juízes.
Hoje, Marina ocupa a oitava posição no ranking liderado por Weili Zhang. Waterson, por sua vez, figura na 12ª colocação.
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