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Como André Fialho venceu o vício, a violência e a falta de disciplina para chegar ao UFC

André Fialho UFC. Foto: Reprodução/Twitter/@UFC

André Fialho UFC. Foto: Reprodução/Twitter/@UFC

André Fialho está se preparando para uma das lutas mais importantes da carreira. O português entra em ação no UFC Vegas 79, evento que acontece no próximo sábado (23/9), quando enfrenta Tim Means no card preliminar.

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André, que ganhou notoriedade pelos fãs brasileiros por sua qualidade na trocação, precisou trilhar uma longa trajetória antes de chegar ao UFC. Superou limites que nem mesmo um adversário no octógono seria capaz de ser comparado.

Venceu o vício, a violência e a falta de disciplina. O SUPER LUTAS, agora, apresenta um especial sobre o caminho do meio-médio (até 77kg.).

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O início da carreira

Fialho começou a treinar boxe com o pai quando era criança, mas só se interessou pelo MMA aos 18 anos. Ele abandonou a escola para se dedicar ao esporte e conquistou títulos regionais e nacionais de boxe, além de vencer um torneio de MMA com três nocautes em uma noite.

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André se mudou para os Estados Unidos para tentar entrar no reality show The Ultimate Fighter, mas acabou sendo contratado diretamente pelo UFC.

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O português é conhecido por seu estilo agressivo e sua potência nos golpes. Ele tem 13 vitórias por nocaute em seu cartel profissional de 16 vitórias e sete derrotas.

Ele treina na equipe Sanford MMA, ao lado de nomes como Gilbert Burns, Michael Chandler e Robbie Lawler. Sua inspiração é melhor versão de si mesmo, mas também admira o pai, que lhe ensinou a arte do boxe.

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Fialho tem 29 anos e é natural de Cascais, Portugal. Ele é o primeiro lutador nascido em Portugal a chegar ao UFC e, apesar da fase de três derrotas seguidas, ainda espera pela recuperação rumo ao sonho de ser protagonista no mundo.

Trajetória difícil de André Fialho

André Fialho teve uma infância difícil, marcada por problemas familiares e envolvimento com drogas e crimes. Ele chegou a ser preso aos 16 anos por roubo e agressão, além de já se dizer viciado em maconha no passado, mas conseguiu se reabilitar graças ao boxe, que aprendeu com o pai, um ex-pugilista que fundou uma academia em 2019.

“Meu foco estava na maconha. Não era um profissional de MMA. Basicamente achei que era treino, lutar e férias. Não me dedicava ou tinha disciplina”, relembrou Fialho em entrevista ao Combate.

Fialho também praticou futebol, mas se apaixonou pelo MMA depois de conhecer um treinador no Algarve, durante as férias. Decidiu largar a escola e se dedicar ao esporte, sonhando em chegar ao UFC. O lutador começou sua carreira profissional de MMA em 2014, na Europa, e venceu suas seis primeiras lutas por nocaute ou finalização.

Em 2016, ele assinou com o Bellator, uma das maiores organizações de MMA do mundo, e fez cinco lutas pela empresa, vencendo quatro e perdendo uma. Três anos depois, André se mudou para os Estados Unidos e participou de eventos como PFL, LFA e XMMA.

A oportunidade de entrar no UFC

Em janeiro de 2021, Fialho recebeu a oportunidade de lutar pelo UFC. Ele estreou contra o brasileiro Michel Pereira, mas perdeu por decisão unânime em guerra de três rounds.

Desde então, fez mais cinco lutas pelo UFC, tendo duas vitórias e três derrotas. Sua última luta foi em maio de 2023, quando foi nocauteado por Joaquin Buckley no segundo round.

Agora, o desafio é ficar frente a frente com o veterano Tim Means. O sonho segue vivo, mas depende diretamente de voltar a vencer. O caminho é o boxe. É hora da redenção?

Publicado por
Igor Ribeiro