A guerra de palavras entre José Aldo e Chad Mendes continua. Desta vez, o próximo desafiante pelo cinturão dos penas do UFC acusou o campeão da categoria de tomar substâncias proibidas, o que seria um dos motivos para Aldo desistir do combate que seria realizado no dia 2 de agosto, em Los Angeles (EUA).
De acordo com Mendes, a saída de Aldo da luta não tem a ver com uma lesão: para ele, o brasileiro deixou o compromisso justamente pelo começo dos testes antidoping aleatórios, que já flagraram, por exemplo, Chael Sonnen em maio.
“Eu definitivamente acho que Aldo está usando esteroides. Isso é algo que já vem acontecendo, mas, para ele desistir da luta assim, do nada – ele já fez isso em várias outras lutas –, acho muita coincidência. Eu diria que, provavelmente, 80% dos lutadores estão usando alguma coisa. É engraçado que, assim que começaram as histórias dos testes aleatórios, ele se machucou e saiu da luta no dia seguinte”, opinou Mendes, em entrevista ao site norte-americano “Sherdog”.
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O lutador aprova a realização de testes aleatórios, mas se diz desconfiado com a eficiência de sua realização fora dos Estados Unidos. “Eu gosto dos testes aleatórios. A única coisa que eu questiono sobre o sistema é o que nós podemos fazer com os caras que estão fora dos Estados Unidos. Podemos confiar nos testes que são feitos no Japão ou no Brasil? Eu estava pensando nisso nesses dias. Se alguém bater na porta de Aldo no Brasil e disser que precisa fazer um exame, Aldo pode dar US$ 1000 para esse cara e mandá-lo embora. Eu acho que algo do tipo pode acontecer muito facilmente. Apenas quero conhecer o sistema e saber que ele pode ser confiável”, avaliou.
Mendes gostou de ver o desabafo feito por Aldo no fim da semana passada. Para o norte-americano, a resposta ríspida do campeão é sinal de que ele conseguiu entrar na mente do brasileiro. “Foi a primeira vez que vi algo assim. Nunca tinha visto Aldo atacar assim, perdendo a paciência. Estou em sua mente. Isso significa muito para tirar o cinturão dele”, analisou.
Por fim, Mendes insistiu que irá fazer de tudo para evitar que a revanche entre eles seja realizada no Brasil. “Quero que seja uma luta justa. Fui lá na primeira vez, lutei em seu quintal de casa. Então, seria justo se ele viesse e lutasse no meu quintal de casa. Vamos fazer uma luta em cada lugar e ver o que acontece. Ainda estamos trabalhando nisso. Conversei com o UFC e há 50% de chance que a luta acabe sendo no Brasil. Estamos tentando fazer com que não seja, mas não sabemos com certeza”, contou.