Próximo de realizar aguardada revanche contra Islam Makhachev, no UFC 294, Charles do Bronx expressa confiança e tranquilidade para o evento. Vindo de vitória arrasadora sobre Beneil Dariush, o ex-campeão dos leves (até 70,3kg.) lamenta por não poder se apresentar diante do público brasileiro, mas utiliza sua fé para ganhar forças e retornar ao palco que teve última derrota na carreira.
Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, Do Bronx declarou não tratar revanche como luta primordial em trajetória no MMA; falou sobre sentimento de derrota para Makhachev; analisou evolução como lutador; explicou razão do Ultimate realizar, novamente, edição em Abu Dhabi e revelou desfecho ideal para o dia 21 de outubro.
“(…) Tenho a maior certeza do mundo que Deus não ia me colocar lá (Abu Dhabi), na mesma data e no mesmo local se esse fardo eu não pudesse carregar. Estou pronto para isso, estou feliz com isso e vou buscar o que é nosso. Cada luta tem uma história, com certeza voltando lá, me tornando campeão lá em cima de um cara que já me venceu e em cima dessa promoção toda, com certeza isso vai me dar um rumo gigantesco, vai mostrar aquilo que nós falamos, que o ‘campeão tem nome’. De verdade, não estou levando isso como algo gigante e pessoal, tenho que levar como se fosse uma luta qualquer, para manter o pé no chão e o espirito tranquilo”, afirmou Charles.
“Não vou falar que foi a pior derrota. Para mim, meu único sentimento foi não ter lutado. Não senti que lutei, não senti que estava lá. Quando você perde lutando, saindo na porrada, você pode perder para qualquer lutador. Você saber que estava lá trocando porrada e que o cara foi melhor do que eu, mas quando você não luta é outro timing. Foi meio complicado, mas voltei para casa, as pessoas que me amam verdadeiramente me abraçaram e falaram: ‘calma, vamos trabalhar e voltar de novo’, então é isso. Estou pronto de novo para fazer história”.
“Acho que venho evoluindo. Fui para Chute Boxe para isso: para procurar a minha evolução e crescer cada vez mais. Deus vem me abençoando nisso e eu me vejo um cara completo, tanto em pé como no chão. Um cara que troca porrada com qualquer um, que faz jiu-jitsu com qualquer um. Me sinto completo. Venho crescendo cada vez mais na parte de wrestling, me sinto um lutador de MMA”.
“Não adianta só a gente negociar. Você acha que o Brasil, os governadores, presidente, prefeito, esses caras todos, você acha que eles fazem a mesma coisa que acontece em Abu Dhabi? Que o sheik faz. O evento acontece lá porque o sheik faz acontecer. Aqui é uma guerra para arrumar estádio, isso e aquilo. Não gosto desse meio e estou falando o que escuto falarem (…) querer lutar em São Paulo? Meu maior sonho. Faz quanto tempo que não luto no Brasil? Perto da minha família, dos meus amigos, fãs e favela. Uma andorinha só não faz verão, não depende só de nós”.
“Um round. Uma mão”.