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Após 847 dias de ausência, Chris Weidman retorna ao octógono para ‘se apresentar’ aos fãs mais novos de MMA

C. Weidman posa com seu treinador R. Longo com o cinturão dos médios (Foto: Divulgação/UFC)

847 dias após sofrer uma grave lesão poderia ter o deixado paraplégico, o ex-campeão dos médios (até 83,9kg) Chris Weidman retorna ao octógono no UFC 292. Diante do também experiente Brad Tavares, o ‘All American’ quer mostrar que ainda tem lenha para queimar na categoria e ‘se apresentar’ aos fãs mais jovens que talvez não tenham acompanhado o seu auge dentro da organização.

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Ascensão meteórica no UFC

C. Weidman sobe ao octógono para uma de suas lutas (Foto: Divulgação/UFC)

Pupilo da academia ‘Serra-Longo’, que tem como um dos proprietários o ex-campeão dos meio-médios (até 77,1kg) Matt Serra, Weidman se destacou no cenário nacional do wrestling, onde conquistou o status de ‘All-American’, dado aos melhores lutadores do circuito universitário. O norte-americano migrou para o MMA em 2009 e com apenas quatro lutas profissionais, conseguiu o esperado contrato com o UFC.

A ascensão de Weidman na organização foi meteórica e o ‘All-American’ venceu cinco rivais em um período de 16 meses, conquistando o direito de lutar pelo cinturão dos médios, em posse do então ‘imbatível’ Anderson Silva que iria para sua décima primeira defesa de título, mais do que o numero de compromissos profissionais do pupilo de Matt Serra até então.

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Quando Weidman chocou o mundo

A. Silva foi nocauteado por C. Weidman em 2013. (Foto: Instagram @chrisweidman)

UFC 168. Julho de 2013. Subestimado e menosprezado até mesmo pelo campeão Anderson Silva, Weidman subiu ao octógono do MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA), confiante e tranquilo na complicada missão que teria pela frente. O ‘All American’ não caiu na pilha das tradicionais provocações do ‘Spider’ e chocou o mundo ao nocautear o brasileiro no segundo round.

Na aguardada revanche, pouco mais de cinco meses depois, Anderson sofreu uma grave lesão e foi derrotado novamente, mas não dá para esquecer o domínio imposto novamente por Weidman durante todo o primeiro round. Nas lutas seguintes, Chris ganharia a fama de ‘carrasco de brasileiros’ ao bater Lyoto Machida e Vitor Belfort que viviam grande fase até então. O ‘All American’ mostrava para todo mundo que chegou para ficar e seguia invicto no MMA profissional.

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O declínio

L. Rockhold tomou o cinturão de C. Weidman no UFC 194 (Foto: Divulgação/UFC)

Após vitórias sobre Anderson Silva, Lyoto Machida e Vitor Belfort, o céu parecia o limite para Weidman, porém, no UFC 194, em dezembro de 2015, um chute giratório mal executado fez o ‘All American’ perder o controle da luta e ser brutalmente nocauteado por Luke Rockhold, que assumia naquele momento o trono da divisão até 83,9kg.

Talvez seja impossível apontar se a primeira derrota da carreira de Weidman causou efeitos psicológicos ou motivacionais no norte-americano. Porém, o que se viu após o revés para Rockhold foi uma grande mudança de atitude e/ou comportamento nas apresentações de Chris. O norte-americano deixou de ser o lutador confiante e ou agressivo que chegou a entrar na lista de discussões de maiores pesos médios da história da organização.

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Nas sete lutas seguintes após a perda do cinturão, Weidman sofreu cinco derrotas e venceu apenas dois combates e se afastou bastante da elite da divisão, até ser retirado do ranking do peso médio. A grave lesão sofrida no duelo contra Uriah Hall, em abril de 2021, amenizou a situação mas tornou o ‘All American’ um nome ‘desconhecido’ por parte dos fãs mais novos de MMA.

Aos 39 anos de idade e tentando provar que ainda pode ser um atleta relevante na organização, Weidman retorna ao octógono no UFC 292, programado para este sábado (19). Do outro lado do cage estará o também experiente Brad Tavares. Os dois lutadores serão responsáveis por encerrar o card preliminar do evento.

Publicado por
Gabriel Fareli