Em audiência realizada nesta terça-feira (17) pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC), um funcionário da entidade detalhou, de seu ponto de vista, o polêmico episódio envolvendo a recusa de Wanderlei Silva em realizar um exame antidoping surpresa.
No dia 24 de maio, o coletor da NSAC, cujo nome não foi revelado, foi à academia de Wanderlei em Las Vegas (EUA) a fim de retirar amostras de sangue e urina para os preparativos da luta entre o brasileiro e Chael Sonnen, que aconteceria no dia 5 de julho. O funcionário disse ter se apresentado a Wanderlei, que mostrou compreender o que estava acontecendo – desmentindo a versão inicial do brasileiro, que alegou ter se recusado a fazer o exame por não compreender a documentação em inglês.
Em seguida, o ex-campeão do PRIDE pediu para conversar com seu empresário, que estava na academia naquele momento. O brasileiro, então, entrou em uma sala e foi embora “rapidamente”, segundo contou o funcionário. “Por acaso eu estava o seguindo. Quando entrei num corredor, percebi que havia uma saída por lá. Eu não o encontrava em lugar algum”, comentou o coletor.
Pouco depois, a esposa de Wanderlei telefonou à academia e conversou com o membro da NSAC. Ela afirmou que o lutador não estava esperando por um teste naquele momento, e que o exame precisaria acontecer em um outro dia. Porém, o funcionário retrucou, dizendo que o exame precisava ser feito de maneira imediata. Então, a esposa afirmou que o Wanderlei iria cooperar, embora ela não soubesse o paradeiro do lutador.
Wanderlei, que esteve presente na audiência, e seu advogado, Ross Goodman, não contestou a versão do coletor da NSAC em momento algum. Após todos os depoimentos, inclusive com a revelação de Wanderlei de que havia ingerido substâncias proibidas, a NSAC anunciou que tomará as providências sobre o caso em uma data futura, ainda a ser definida.
Assista ao vídeo da audiência realizada pela NSAC nesta terça:
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