Campeão peso-pena do Bellator, Patrício Pitbull vinha sofrendo fortes dores na cervical com dormência e perda de força nos braços, causada por uma hérnia de disco cervical no nível C6/C7. Para corrigir a lesão, o potiguar foi operado no último domingo (6) pelo neurocirurgião de coluna Dr. Marco Moscatelli e sua equipe da clínica Neurolife. A cirurgia, que ocorreu no hospital São Lucas, em Natal, foi um sucesso, e a previsão é que Patrício volte a lutar em seis meses.
“Durante o procedimento, com uma mínima manipulação das estruturas e da hérnia, foi notado uma queda de potencial no membro inferior esquerdo, o mesmo que Patrício sentiu fraqueza durante a luta, corroborando com a hipótese dele de que seu problema nas duas últimas lutas vinha deste problema na coluna cervical. O nervo e a medula dele estavam tão comprimidos que qualquer movimento brusco com a cabeça apertava o nervo e a medula. E os dois comprimidos podem acarretar em perda de força do pescoço para baixo, ele poderia até ter consequências mais graves se não houvesse a intervenção cirúrgica”, disse o Dr. Marco Moscatelli, um dos neurocirurgiões mais renomados da América, explicando como foi o procedimento cirúrgico.
“Foi realizada uma incisão de 7mm na parte posterior do pescoço, onde, com o auxílio de um endoscópio e materiais delicados, foi acessada a coluna com a remoção completa dos fragmentos de disco, proporcionando assim a liberação da raiz nervosa comprometida e, instantaneamente, notou-se uma melhora inicial das funções do nervo acometido”, explicou o Dr. Marco.
A cirurgia levou um hora e Patrício recebeu alta quatro horas depois. Ele agora vai começar o tratamento para voltar o quanto antes aos treinos. Patrício começou a sentir os efeitos da lesão com mais intensidade durante o seu camp para a luta contra Sergio Pettis pelo cinturão dos galos. Mesmo assim, ele decidiu manter a luta. Em seguida, ainda sem saber se teria que passar por cirurgia, ele decidiu aceitar uma luta no Japão faltando apenas quatro dias para o evento.
“Eu vinha sentindo essa compressão quando recebia os golpes nas lutas, e vinha sentido dormência e fraqueza nos braços e nas pernas. Evitei essa cirurgia porque depois que a gente faz, não tem como voltar atrás e haviam riscos envolvidos, como não retornar a lutar. Acabei sendo muito conservador e paguei o preço. Eu nunca tinha perdido duas lutas seguidas e nunca tinha sido nocauteado em 19 anos como profissional. Minha única saída foi fazer a cirurgia. Graças a Deus e à capacitação da equipe médica, o problema foi corrigido e tenho certeza que vou voltar mais forte para defender o meu cinturão e fazer uma revanche contra o Pettis pelo título dos galos e outra contra o japonês Chihiro Suzuki numa defesa do meu título dos penas do Bellator. Agradeço ao Dr. Marco e toda a sua equipe. O pós-operatório foi ótimo. Me sinto muito bem e motivado para conseguir a recuperação total e voltar o quanto antes aos treinos”, concluiu o campeão.