A presença de atletas brasileiros no comando técnico de edições internacionais do The Ultimate Fighter não é comum. Até hoje, somente três lutadores ocuparam o posto: Junior Cigano, Rodrigo Minotauro e Fabrício Werdum – que atualmente grava o TUF América Latina nos EUA. Entre os citados, os dois últimos foram também treinadores do TUF Brasil 2. Diante da experiência no reality show estrangeiro e também no nacional, Werdum traçou um paralelo entre atrações e detonou o programa brasileiro, principalmente no que diz respeito à produção.
“É completamente diferente. A organização não tem nem comparação. A produção no Brasil estava se lixando para a gente. Se você queria uma simples camisa para dar para um lutador treinar, tinha que falar com o Dana White. Os caras (da produção) faziam de tudo para complicar. Aqui (nos EUA) tem muito equipamento e não falta nada”, disparou Werdum, em entrevista ao site da revista “Tatame”.
Além disso, o gaúcho também reclamou da agilidade na produção e afirmou que já chegou a esperar por horas para começar a gravar o TUF Brasil. “Outra coisa: no Brasil, esperávamos cinco horas para poder gravar. Aqui (nos EUA), eu gravo rapidinho e já vou para a minha casa. Nos Estados Unidos, eles valorizam e respeitam o atleta. No Brasil, nos tratavam igual bicho. A qualidade dos atletas é a mesma nos dois lugares, os caras são muito bons, mas a produção dos programas é incomparável”, analisou.
Aos 36 anos, Fabrício Werdum tem um cartel de 18 vitórias, cinco derrotas e um empate. Atualmente, “Vai Cavalo”, como é conhecido, grava nos Estados Unidos a edição latino-americana do The Ultimate Fighter, cuja função técnica divide com o campeão dos pesos pesados Cain Velasquez. Após a exibição do programa, no dia 15 de novembro, Werdum encara Velasquez no duelo dos técnicos, que acontece no UFC 180, na Cidade do México.
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