Todo atleta de ponta sabe que o bom desempenho nos treinamentos é fundamental para chegar bem ao dia da luta. Porém, tão importante quanto treinar bem é ter o descanso ideal para evitar o temido overtraining. A cartilha para uma boa preparação pode não ter sido seguida à risca pelo brasileiro Erick Silva antes da derrota para Matt Brown, sofrida no último dia 10 de maio. Atento às causas que possam ter causado seu cansaço prematuro no duelo em Cincinatti (EUA), Erick admitiu que pode ter se excedido nos treinos antes da luta principal do UFC Fight Night 40.
“Às vezes a gente pensa que treinar muito é bom, mas quem entende sabe que o descanso faz parte. Eu estava vindo de uma luta em fevereiro e emendei o treinamento, o que para mim era ótimo. Pensei que estava indo para uma luta como se tivesse treinado seis meses. Eu pedi, queria voltar logo, achei que seria bom e comecei um treino muito forte novamente. Tentamos dosar bastante para não entrar em overtraining, mas o corpo sente um pouco. Com certeza o (Rogério) Camões fez um excelente trabalho, tentou ao máximo me botar em excelente forma para que não entrasse em overtraning, me deu bastante descanso, mas acabamos sentindo um pouco. É o que mais temos em mente agora”, revelou Silva, em entrevista ao programa de rádio “Mundo da Luta”.
Erick ainda aproveitou para salientar que tanto ele quanto sua equipe, a “X-Gym”, estão planejando alterações para seus próximos camps de treinamento, visando melhorar ainda mais a performance do capixaba no octógono. “Não tivemos acompanhamento médico nos treinos, que é o que estou mudando. Fiz exames de sangue, tive bons resultados, que mostraram bastante fadiga muscular, sendo que já tem quase um mês que não luto. O médico ficou assustado. Podemos melhorar isso, fazer direitinho, farei exames a cada 15 dias, estou no caminho certo. Tendo o caminho certo temos como avaliar melhor nosso desempenho”, concluiu.
Aos 29 anos, Erick Silva tem cartel de 16 vitórias, cinco derrotas e uma luta sem resultado. Atualmente na 15ª posição do ranking de pesos meio-médios do Ultimate, Erick sempre é cercado de expectativas quando pisa no octógono e trata-se de uma das grandes esperanças brasileiras. Porém, desde que estreou no UFC, em 2011, “Índio”, como é conhecido, tem alternado vitórias e derrotas. Na maior organização do planeta, foram quatro triunfos e quatro revezes para o capixaba.
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