Um alento a Tony Ferguson. Neste sábado (29), o ícone do MMA sobe no octógono no compromisso que pode encerrar sua trajetória no Ultimate. Adversário de Bobby Green no UFC 291, o veterano de 39 anos amarga cinco derrotas seguidas e, caso volte a tropeçar e seja, eventualmente, desligado, pode se inserir na lista de grandes lutadores que não vestiram cinturões lineares na companhia.
Nesta nota especial, a equipe do SUPER LUTAS escalou 10 grandes astros que tiveram trajetória de sucesso no UFC, mas não assumiram o topo absoluto de suas respectivas categorias. Confira abaixo.
Representante do UFC desde 2011, Ferguson ficou conhecido por promover verdadeiras carnificinas no octógono. Famoso por massacrar adversários em seus compromisso, o norte-americano chegou a assumir o cinturão interino dos leves (até 70,3kg.), mas, por lesões no tempo em que deteve o objeto, foi impedido de travar lutas pela unificação do trono.
Acostumado a colecionar vítimas no MMA, Tony não vence um confronto desde 2019. Em 2020, o lutador esteve perto de conquistar novamente o título interino, que o credenciaria à ‘Luta dos Sonhos’ contra Khabib Nurmagomedov. O plano, no entanto, foi frustrado por Justin Gaethje, que atropelou o ‘Bicho Papão’ no embate. Desde então, são mais quatro reveses no cartel do lutador.
Sinônimo de boa luta em seus tempos de MMA, Donald Cerrone se tornou uma grande estrela do esporte, mas é mais um grande lutador que não alcançou o trono de uma categoria no UFC. Completo, aguerrido, o norte-americano ganhou notoriedade por não recusar desafios e estar sempre disposto a colaborar com a empresa.
Destaque, por anos, dos leves, ‘Cowboy’ disputou o título da categoria em 2015, quando vivia seu auge na organização. O lutador, no entanto, acabou duramente batido por Rafael dos Anjos, campeão da época, que não poupou o astro norte-americano. Após o revés, Donald alternou entre bons e maus momentos e se aposentou do MMA em 2022.
Detentor de forma física invejável, mesmo com idade avançada, quando comparada a grande maioria dos rivais no octógono, Yoel Romero brilhou com as luvas do Ultimate. Referência no peso médio (até 83,9kg.), o cubano teve duas disputas de cinturão interino e uma pelo linear durante sua trajetória no UFC. Pelo linear, seriam quatro, mas, em 2018, quando mediria forças com Robert Whittaker, o combatente falhou no corte de peso, perdendo a oportunidade de levar a cinta, em caso de vitória.
Nas oportunidades conquistadas pelo cinturão linear, em 2020, Romero, já acima de 40 anos, teve desafio apático contra Israel Adesanya. Em luta criticada por parte dos fãs, imprensa especializada e atletas, Yoel acabou superado na decisão unânime. Após o revés, o cubano se transferiu para o Bellator.
Entre grandes estrelas que já passaram pelo UFC, Joseph Benavidez certamente foi um dos competidores mais obstinados que calçaram as luvas da organização. Sempre em destaque no peso mosca (até 56,7kg.), o norte-americano teve quatro oportunidades de faturar o cinturão do Ultimate.
Nas duas primeiras, uma em 2012 e outra em 2013, Benavidez foi superado pelo lendário Demetrious Johnson. Em 2020, mais duas tentativas frustradas do lutador, mas, desta vez, contra Deiveson Figueiredo. Nas duas oportunidades contra o brasileiro, Joseph foi batido na via rápida. Em 2021, na nova tentativa de redenção, o veterano acabou superado por Askar Askarov e anunciou sua aposentadoria como profissional do MMA.
Ao contrário dos lutadores já citados até o momento, Jim Miller não chegou a disputar um cinturão na organização. O lutador, no entanto, por anos esteve nos arredores de uma oportunidade, mas esbarrou em desafios que poderiam aproximá-lo da condição de desafiante, como nas derrotas para Nate Diaz (2011) e Donald Cerrone (2014).
Hoje, aos 39 anos, Jim já não vislumbra um título do Ultimate em seu futuro. O lutador, porém, segue ativo na organização e, atualmente, ostenta os recordes de maior número de luta e vitórias na companhia, somando 41 desafios e 26 resultados positivos.
Contratado como aposta para o futuro do Ultimate, Ronaldo Jacaré correspondeu às expectativas durante longo período dentro da companhia. Com o cinturão dos médios (até 83,9kg.) do Strikeforce no currículo, o brasileiro chegou à companhia com o ‘pé na porta’.
Foram cinco vitórias seguidas, sendo quatro na via rápida, até o primeiro tropeço: a derrota questionável contra Yoel Romero, em 2015, na decisão dividida. O desafio contra o cubano aproximaria o brasileiro da sonhada disputa de cinturão. Ronaldo, no entanto, se recuperou e triunfou em mais duas oportunidades. No entanto, em novo confronto decisivo, desta vez em 2017, foi superado por Robert Whittaker e se afastou novamente do sonho do título. A última vez em que Jacaré esteve perto da condição de desafiante foi em 2019, quando encarou Jack Hermansson, no UFC Jacksonville. Na luta, o tupiniquim perdeu nos pontos e, ali, se despediu do cinturão, tendo perdido as três apresentações seguintes e se aposentando no último revés.
Referência na transição do jiu-jitsu para o MMA, Demian Maia brilhou em duas categorias no UFC. Inicialmente, como representante dos médios (até 83,9kg.), o ícone da ‘arte suave’ disputou o trono pela primeira vez em 2010, mas foi superado pelo, então, hegemônico, Anderson Silva.
Em 2012, o brasileiro migrou para os meio-médios (até 77,1kg.), divisão na qual também teve sucesso com seu estilo pragmático, mas eficiente. No novo grupo, Maia atingiu a condição de desafiante em 2017, mas esbarrou no confronto diante do campeão da época, Tyron Woodley. Demian deixou o MMA em 2021.
Campeão do torneio dos meio-médios no lendário Pride em 2005, Dan Henderson teve grande ‘vida útil’ no MMA e competiu em alto nível até o fim de sua carreira. No UFC, sua estreia aconteceu com disputa de cinturão nos meio-pesados (até 93kg.) logo de início, em 2007. O lutador, no entanto, foi superado por Quinton ‘Rampage’ Jackson, outro astro da extinta organização japonesa.
O sonho de Henderson não pararia ali. Um ano depois, o lutador enfrentaria Anderson Silva em luta pela unificação do cinturão dos médios: campeão do UFC contra campeão do Pride. Desta vez, o norte-americano não teve êxito, pois acabou parado por ‘Spider’ em seu auge físico e técnico. Em 2016, Dan, que, no meio tempo, chegou a conquistar o cinturão dos meio-pesados, no também extinto Strikeforce, lutou mais uma vez pelo título dos médios do UFC. Em luta que determinaria sua aposentadoria, o já veterano foi superado por Michael Bisping e deixou o MMA na sequência.
Chamado de ‘príncipe’ dos penas (até 65,7kg.) por ninguém menos do que José Aldo, Chad Mendes foi ‘criado’ para ser campeão mundial de MMA. Com passagem de sucesso pelo icônico WEC, o norte-americano chegou ao UFC invicto em 11 lutas na carreira, trajetória impecável que forçou o Ultimate a escalá-lo, logo na estreia, contra José Aldo, pelo cinturão do grupo. No teste, ocorrido em 2012, melhor para o ‘Rei do Rio’, que venceu com nocaute histórico.
O tropeço diante do manauara não abalou Chad, que seguiu tentando. Depois de cinco vitórias seguidas, o norte-americano novamente se credenciou para encarar o tupiniquim, desta vez em 2014. Assim como na primeira tentativa, novo revés para Mendes. O ‘príncipe’ deixou o MMA em 2018, após perder para Alexander Volkanovski, que, à época, ainda não ostentava o trono da divisão.
Prodígio do MMA, Urijah Faber teve sucesso por onde passou. Campeão dos penas no WEC, o lutador chegou ao Ultimate em 2011, lutando como peso galo (até 61,2kg.) e, depois de vencer em sua estreia, se credenciou a disputar o cinturão contra Dominick Cruz. Na luta, o norte-americano perdeu nos pontos, mas era apenas o início de uma longa jornada na tentativa de assumir o trono da categoria. Em 2012, após lesão de Cruz, o ‘Garoto da Califórnia’ lutou pelo título vago do grupo, mas foi batido por Renan Barão.
Dois anos depois, Faber disputou o cinturão linear mais uma vez, mas, novamente, parou contra Barão, que vivia seu auge. Em 2016, Urijah teve aquele que seria seu último teste em confrontos pelo topo da divisão. Novamente, contra Dominick Cruz, o norte-americano foi superado e, até o fim da carreira em 2019, não chegou a lutar pelo título.
Data: 29 de julho de 2023
Horário: A partir de 19h30 (horário de Brasília)
Local: EnergySolutions Arena, Salt Lake City, Estados Unidos
Como assistir: SUPER LUTAS AO VIVO em tempo real e UFC Fight Pass (todo o card) pela internet
CARD PRINCIPAL (23h, horário de Brasília)
Peso leve (até 70,3kg.): Dustin Poirier x Justin Gaethje – Luta pelo cinturão ‘BMF’
Peso meio-pesado (até 93kg.): Jan Blachowicz x Alex Poatan
Peso meio-médio (até 77,1kg.): Michel Pereira x Stephen Thompson
Peso leve (até 70,3kg.): Tony Ferguson x Bobby Green
Peso meio-médio (até 77,1kg.): Michael Chiesa x Kevin Holland
CARD PRELIMINAR (19h30, horário de Brasília)
Peso meio-médio (até 77,1kg.): Trevin Giles x Gabriel Marretinha
Peso pesado (até 120,2kg.): Marcos Pezão x Derrick Lewis
Peso médio (até 83,9kg.): Roman Kopylov x Claudio Ribeiro
Peso meio-médio (até 77,1kg.): Jake Matthews x Darrius Flowers
Peso mosca (até 56,7kg.): Vinicius Salvador x CJ Vergara
Peso meio-médio (até 77,1kg.): Matthew Semelsberger x Uros Medic
Peso mosca (até 56,7kg.): Miranda Maverick x Priscila Pedrita
A cobertura do UFC 291 é patrocinada pela a Roobet. O evento traz como destaque a estreia de Alex Poatan nos meio-pesados e a disputa do cinturão BMF.
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