Após duas derrotas consecutivas para Jake Shields e Rory MacDonald, Demian Maia reencontrou o caminho da vitória no TUF Brasil 3 Finale, realizado em São Paulo (SP), quando superou Alexander Yakovlev por decisão unânime dos juízes. Mesmo que sua vitória tenha sido clara, com os três jurados pontuando os três rounds em seu favor, o paulista disse que a noite não foi 100% por não ter conseguido finalizar seu adversário.
No entanto, Demian reconheceu os méritos do russo, estreante no UFC, em evitar dar brechas no chão, e se mostrou satisfeito com o resultado. “A maneira que eu gostaria é sempre a finalização. Não foi 100%, mas na vida nem tudo é perfeito. Enquanto a gente se dedica, tem alguém do outro lado do octógono que faz o mesmo. Tenho que valorizar a vitória e não posso me frustrar por não finalizar”, comentou, em entrevista coletiva após o evento. “Não se pode tentar a finalização de qualquer jeito. Montei nos três rounds, mas ele ficava me abraçando. Fiquei surpreso que ele tenha conseguido fazer isso durante a luta inteira. Fiz o meu melhor, mas ele também teve o seu valor em se defender pelos três rounds.”
Se a habitual finalização não aconteceu, o combate pôde ver algo inédito. No primeiro round, Demian aplicou um knockdown em Yakovlev, algo que nunca havia acontecido em sua longa carreira no MMA. “Foi consequência do meu trabalho que vem de muito tempo. Isso vem para complementar meu jogo de chão – como as pessoas têm medo de serem quedadas, é importante afiar a mão para ganhar respeito. Busco ser um lutador completo, adoro boxe e muay thai, mas sei que não nasci para ser um ‘pegador’ com o Johny Hendricks”, avaliou.
Maia afirmou que ainda é cedo para pensar em seu próximo combate, já que considera que o cenário irá ficar mais claro nos próximos meses. “Vai haver algumas lutas na categoria e temos que ver o que vai acontecer. Dong Hyun Kim x Hector Lombard, Rory MacDonald x Tyron Woodley, a do Robbie Lawler [contra Matt Brown]… São lutas que vão definir muita coisa. A vitória me trouxe de volta para respirar, mas não estou preocupado com isso [próxima luta] agora. Depende do UFC. É a categoria que tem mais atletas, então é a mais competitiva e difícil. O que o Joe Silva [matchmaker do UFC] e o meu empresário Eduardo Alonso conversarem, eu vou e luto”, comentou.