O assunto “salário” ainda é motivo de discórdia entre alguns lutadores do UFC. Até mesmo um dos campeões da organização, José Aldo, expressou sua insatisfação com sua atual bolsa no Ultimate, afirmando que se sente desvalorizado dentro da casa.
Em seu último combate, no UFC 169, Aldo recebeu o salário declarado de US$ 240 mil, sendo uma metade sua bolsa fixa, outra com o bônus pela vitória. Isso representa um valor bastante inferior ao recebido pelo pesado Alistair Overeem no mesmo evento, que levou US$ 406 mil (US$ 285 para lutar, US$ 121 como bônus pela vitória).
Em entrevista ao site brasileiro da emissora ESPN, Aldo afirmou que não está totalmente satisfeito com a situação. “Com certeza me sinto [desvalorizado]. Falar em números é difícil. O lutador sonha em chegar a um patamar, quando ganha bom dinheiro, acha que é válido. Hoje em dia tenho outra cabeça, já rodei o mundo, tenho visão grande sobre isso. Ao mesmo tempo que dão o negócio para nós, poderiam dar uma melhorada nisso [pagamento]. Trazemos milhões para a organização para os eventos, eu sou um lutador muito vendável e todo mundo gosta de ver a minha luta”, analisou o brasileiro.
Aldo disse que vê os lutadores das categorias mais leves sendo desvalorizados em relação aos mais pesados. “A gente vê peso leve ganhando a mesma coisa de muito iniciante. A gente vê peso pesado, não-campeão e não-desafiante, ganhando muito mais do que nós. Isso nos deixa um pouco tristes, mas tenho que continuar na batalha, com os pés no chão, não dá para perder o foco”, comentou.
O campeão dos penas não sabe o que precisa fazer para mudar o cenário. “Nos matamos nos treinos, damos o máximo para chegar lá e dar um grande show, trazer recordes para o UFC. Damos o máximo, mas não temos esse reconhecimento devido. Agora, não sei o que tenho que fazer, chegar lá dentro e ‘matar’ o adversário para alcançar algo a mais, não sei”, comentou.
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