B. Blindado se apresenta neste sábado (24) no UFC Jacksonville. Foto: Reprodução/Instagram @brunoblindado
Dois meses após quebrar a banca e provar seu valor dentro de uma das maiores organizações de MMA do mundo, Bruno Blindado retorna ao octógono em busca de adicionar mais uma vítima ao seu cartel. Escalado para enfrentar Brendan Allen no UFC Jacksonville, neste sábado (24), o paraibano expressa confiança e sede pelo 21 nocaute da carreira.
Representante da categoria dos médios (até 83,9kg.), Blindado falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre suas intenções para o próximo confronto; destacou a mudança de postura como lutador; analisou o futuro da divisão; comemorou notícia recebida pelo UFC e revelou o que pensa sobre eventual ida aos meio-pesados (até 93kg.).
“Eu vou ter que ficar muito calmo na luta, não posso ir para buscar só o nocaute igual fiz em outras lutas. Não posso dar a ele o que ele vai querer. Pode ser que ele queira a luta agarrada, vou estar ligado. Se ele quiser trocar, vou estar cauteloso, vou estar ligado também. Não sou imbatível. Se eu tomar uma no queixo, fico vulnerável. Mas é meu carro-forte, vou tentar manter o máximo da luta em pé e me manter calmo, mas quero muito causar dor nele, fazê-lo sentir dor, recuar, saber que não está lutando com qualquer um (…) estou preocupado com o meu, quero fazer o meu, mas a minha missão é desligá-lo”
“Até minha penúltima luta (dava atenção para análises da mídia e fãs) fiquei nessa barca. Quando parei para fazer minha cirurgia, pensei: ‘alguma coisa tem que ser feita’. Fui para casa, lambi as feridas, sentei, vi o que estava errado e fui arrumando os erros. Não vejo mais nenhuma análise, nenhuma. Eu estou aqui, a galera bota algumas coisas, quando vejo que é sobre a minha luta já tiro. Não quero ouvir ninguém falando bem ou mal de mim. Tenho que focar no meu sábado. O que acham de mim não vai mudar o resultado da luta. Nem quero melhorar meu ego, nem bagunçar minha cabeça. Pés no chão. Só quero vê-lo deitado no chão e o árbitro me tirando de cima dele”
“Não penso em ir agora não. Eu não sou um cara pequeno para os 84kg, nem sou um cara muito grande. Na Rússia eu era um cara grande, para os médios. No UFC sou tamanho padrão. Os caras dos meio-pesados (do UFC) são bem maiores. A não ser que tenha uma oportunidade muito boa… Pagando bem, né, irmão? Pode botar dois ali na noite, se eu vou ganhar não sei. Mas no momento é ficar nos médios. Estou bem, saudável, nenhum corte de peso atrapalhando minha performance. O foco é ser campeão uma hora ou outra e nocautear”
Bruno Blindado após vitória no UFC Las Vegas 71. Foto: Reprodução/Instagram
“O ranking parou, né? Já lutaram entre eles. Robert Whittaker já é a terceira vez que pode lutar contra o Israel Adesanya. Poatan já foi duas vezes, Vettori já foi duas vezes. Tem que girar agora, o cara (Adesanya) já bateu em todos. O que está acontecendo agora é que o cara com uma luta no UFC vai lutar contra o Borrachinha. Eu não era do ranking, vou pegar um cara ranqueado, vai ter que fazer giro. O ranking não é parâmetro. O cara faz três lutas e está no cinturão, outro faz 50 e não sai do top 10, tem gente que tá ali nem sei por que ainda”
“Eu cheguei, acordei e pensei: ‘vou fazer as mesmas fotos, tirei foto tem dois meses’, ai me avisaram que seria para o videogame, que eu estaria nos próximos jogos. Aí deu alegria na hora! Coisa dos meus sonhos ali. Para uns não é nada, mas para mim essas conquistas pequenininhas, eu gosto de preencher todo o trajeto, os quadradinhos que faltam. Nocauteador, campeão, evento internacional, membro do UFC, estar no videogame, ser respeitado e assim vou preenchendo todas as minhas metas como atleta”
