Primeiro brasileiro em ação no card principal do UFC Las Vegas 75, neste sábado (17), quando enfrenta o mexicano Manuel Torres, Nikolas Motta busca emplacar a segunda vitória consecutiva no Ultimate e se livrar de vez do ‘fantasma’ dos cancelamentos de lutas que vem o perseguindo em sua trajetória na organização.
Contratado através da temporada de 2020 do Contender Series, Nikolas Motta já teve quatro cancelamentos e apenas duas lutas no UFC. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o peso leve (até 70,3kg) mineiro desabafou sobre a situação e falou também sobre outros assuntos, como a eminente ‘guerra’ contra Manuel Torres e alguns alvos para o futuro na organização.
“Esses cancelamentos foram muito difíceis. Muito difíceis mesmo. Fiquei mal, cara. Quando perdi na minha estreia no UFC não me senti tão mal quanto quando cancelei e precisei sair das lutas. Nessa última agora foi bem estressante. Não queria que cancelasse, mas meus treinadores me explicaram várias vezes o porquê de eu ter que sair da luta. Foi f***, fiquei estressado. Teve um dia até que discuti com um dos meus melhores amigos da academia. Fiquei muito estressado mesmo, mas depois tentei botar na cabeça e até escrevi aqui na parede que algo melhor está para acontecer, para acreditar e ser grato por cada dia, e apareceu essa luta contra o Manuel Torres”, desabafou Nikolas.
“Acho que é uma luta ótima tanto para mim, quanto para ele. Com certeza vai ser um lutão, porque nós dois temos muitos nocautes no primeiro round. Não somos aqueles caras que ficam correndo da luta. Lutamos de verdade. Se eu não estivesse lutando, não deixaria de assistir essa luta de jeito nenhum”.
“Eu sei que é difícil, porque todo mundo quer lutar com ele. Eu fiz um comentário no Instagram dele falando que se ele voltasse ano que vem, voltaria obeso, com 200kg. Ele viu o comentário e me respondeu, falando que ainda assim voltaria dando aula. Que bom que chamei a atenção dele. É algo que eu tenho para falar. Se me perguntarem os nomes de quem eu gostaria de enfrentar, ele (Paddy Pimblett) é um deles, mas sei que não adianta muito ficar pedindo ele demais, porque todo mundo quer lutar com ele”.
“Eu queria muito uma revanche com o Jim Miller, porque foi f***, minha estreia. Todos me falavam que estreia no UFC era f*** e eu não acreditei, mas realmente. Deixei as emoções muito à flor da pele, lutei com o ligamento do joelho rompido e ele me chutava toda hora ali. Foi estreia, lutando contra o cara com maior número de lutas no UFC. Eu acho que eu posso vencer o Jim Miller. Às vezes o cara fica meio traumatizado, mas eu não. Acho que aprendi muito com aquela luta e, para falar a verdade, sou grato. Amadureci muito e queria lutar contra ele novamente”.
“Outro cara que eu queria lutar era o Damir Hadzovic, que seria minha estreia e acho que é uma luta boa para mim e o Ignacio Bahamondes, que também seria uma luta boa para mim, mas ao mesmo tempo não gostei da última luta dele porque parecia que ele não queria lutar”.