Com quase 30 anos de existência, os fãs do UFC viram passar pelo octógono grandes nomes na história do MMA. Neste sábado (13), Jailton Malhadinho, promessa brasileira no esporte, se apresenta em confronto decisivo contra Jairzinho Rozenstruik. Além da chance de manter a invencibilidade na companhia, o baiano pode, mais uma vez, fazer valer o ‘hype’ depositado, tanto pela torcida, quanto pela organização.
Pensando no contexto envolvendo Malhadinho, a equipe do SUPER LUTAS decidiu relembrar nomes que confirmaram o sucesso e que decepcionaram no UFC.
Para começar, trataremos daqueles que atingiram o estrelato na empresa. Todos os citados chegaram como promessas e conseguiram vestir um cinturão na organização.
Antigo duplo campeão do Cage Warrior, Conor McGregor é um dos maiores exemplos de aposta bem-sucedida do UFC. Astuto, confiante e com grande capacidade de reter a atenção dos espectadores, o ‘Notório’ precisou de pouco tempo para se tornar referência em popularidade.
Lenda viva do esporte, o irlandês estreou no Ultimate em 2013. Em 2015, o lutador fez história ao destronar o, até então, imbatível José Aldo no peso pena (até 65,7kg.). Meses depois, o combatente somaria o cinturão dos leves (até 70,3kg.), se tornando o primeiro a conquistar títulos simultâneos na companhia.
Ícone do peso pesado (até 120,2kg.), Brock Lesnar pode não ser o lutador mais técnico já visto com as luvas do UFC. O lutador, no entanto, foi contratado a peso de ouro como grande referência no WWE (luta livre).
Logo em sua estreia no Ultimate, em 2008, Lesnar decepcionou ao ser finalizado por Frank Mir. Meses depois, o ‘gigante’ se recuperou ao vencer Heath Herring e se credenciando à disputa do título contra o lendário Randy Couture.
Contra Randy, Brock chocou o mundo. Famoso pelo físico imponente, o norte-americano levou o título via nocaute no segundo round, entrando para a história da divisão.
Medalhista de bronze no judô pelos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Ronda Rousey está cimentada na história do MMA. Com debute na modalidade em 2011, a atleta atingiu o estrelato ao se tornar campeã do extinto Strikeforce.
Depois de ouvir publicamente Dana White garantir que mulheres não competiriam no UFC, Rousey calou o patrão e se tornou uma lenda do esporte. No Ultimate, a combatente reinou absoluta no peso galo (até 61,2kg.) entre 2013 e 2015, acumulando cinco defesas de título e sendo considerada uma das grandes responsáveis pela difusão do MMA feminino.
Antigo duplo campeão do UFC, Henry Cejudo está na história da companhia. Além de somar dois títulos na organização, até os dias de hoje o combatente ostenta o posto de único lutador na história a vestir cinturões e gozar de uma medalha de ouro olímpica (wrestling, Pequim, 2008).
Pelo Ultimate, Cejudo precisou de duas chances para atingir o estrelato. Na primeira tentativa de conquistar o cinturão dos moscas (até 56,7kg), em 2016, o atleta parou no lendário Demetrious Johnson, sendo nocauteado pelo rival. Cerca de dois anos depois, Henry descontou o revés, passando pelo oponente e somando o título da divisão.
Na temporada seguinte, o norte-americano superou Marlon Moraes e levou o trono vago do peso galo (até 61,2kg.).
Nova estrela brasileira no MMA, Alex Poatan ganhou projeção mundial nas artes marciais ao se tornar o primeiro da história a conquistar cinturões simultâneos no GLORY, consagrado evento de kickboxing. Anos antes, o lutador havia somado triunfos diante de Israel Adesanya, posteriormente, viria a brilhar no UFC.
Com trajetória consagrada no kickboxing, o lutador foi contratado pelo Ultimate para ‘perseguir’ Adesanya. Para chegar ao campeão dos médios (até 83,9kg.), Alex venceu três adversários com propriedade e, quando foi escalado para encarar o nigeriano, não decepcionou. No fim de 2022, o paulista fez história ao levar para casa o título que, há 10 anos, não era ostentado por um brasileiro.
Com físico imponente, técnica aparentemente apurada e idade para ser trabalhado como futuro fenômeno do MMA, Sage Northcutt não demorou muito para cair nas graças do patrão Dana White. Em duas apresentações, sendo ambas com vitórias na via rápida, o peso meio-médio (até 77,1kg.) tinha o que era preciso para vestir a ‘fantasia’ de ídolo. O sonho, no entanto, se tornou pesadelo.
Em 2016, Sage acabou sofrendo a primeira derrota na carreira, ao ser finalizado por Bryan Barbarena. O tropeço causou certo alvoroço, mas não mais do que o segundo revés, ocorrido contra Mickey Gall, também em 2016. Após perder novamente, Northcutt conseguiu se recuperar e somou três vitórias seguidas. O combatente, ainda assim, acabou negociado com o ONE Championship e, até hoje, se apresenta pela companhia asiática.
Muitos entusiastas de MMA podem estranhar o nome de Ben Askren vinculado a decepções. No entanto, tratamos de apostas que não se confirmaram ao travar confrontos no UFC. Como atleta da modalidade, o norte-americano vestiu cinturões no Bellator e ONE Championship, figurando nos livros de história das duas gigantes organizações do esporte.
Ben, porém, chegou ao Ultimate depois de ser negociado em troca de dois ex-campeões da companhia gerida por Dana White. Para contar com Askren, o a empresa asiática recebeu o lendário Demetrious Johnson e Eddie Alvarez, antigo líder dos leves.
No UFC, Askren teve passagem lastimável, vencendo um compromisso contra Robbie Lawler e sendo derrotado por Jorge Masvidal e Demian Maia na via rápida. Contra ‘Jesus das Ruas’, inclusive, Ben foi vítima do nocaute mais rápido na história da organização, apagando via joelhada voadora com cinco segundos de embate.
Antigo campeão meio-médio do Jungle Fight, Erick Silva chegou ao UFC em 2011. Visto como grande aposta por fãs, membros da imprensa especializada e lutadores, o brasileiro teve estreia meteórica, quando atropelou Luis Ramos em 40 segundos. Na sequência, o atleta acabou sofrendo derrota por desqualificação, sob alegação de golpes ilegais na nuca de Carlo Pratter.
A partir de 2012, Silva passou por altos e baixos, não conseguindo manter uma série invicta que o elevasse ao topo da categoria. O atleta se desligou do Ultimate em 2017, após acumular quatro reveses nas últimas cinco apresentações.
Finalista no ‘The Ultimate Fighter’ 17, Uriah Hall causou boa impressão em sua participação no reality show. Mesmo conhecido por sua agressividade, o atleta não conseguiu se firmar como destaque do peso médio (até 83,9kg.).
Representante do UFC entre 2013 e 2021, Hall enfrentou nomes como Kelvin Gastelum, Rafael Natal, Chris Laben, Gegard Mousasi, Robert Whittaker, Chris Weidman, Paulo Borrachinha e Anderson Silva. Fora da companhia há quase dois anos, o combatente nunca chegou a disputar um cinturão na empresa.
Antiga queridinha do Ultimate, Paige VanZant é uma das atletas que não conseguiram fazer valer a aposta da organização. Atleta do peso palha (até 52,1kg.), a lutadora disputou nove lutas na companhia, sendo superada em quatro oportunidades.
Sem convencer, a norte-americana se desligou do Ultimate e chocou ao assinar contrato com o Bare Knuckle FC, o ‘boxe sem luvas’. Pela nova companhia, a atleta acumula dois compromissos, tendo sido superada nas duas oportunidades.
Lendas consagradas no MMA não escaparam de decepções no UFC. Ícones do Pride, Wanderlei Silva e Mirko Cro Cop não conseguiram repetir, no octógono, o sucesso obtido no evento japonês.
Estrela máxima do MMA nos anos 2000, Wanderlei chegou ao Ultimate em 2007. Pela organização presidida por Dana White, ‘Cachorro Louco’ não chegou ao cinturão e acabou deixando a empresa em 2013, com um retrospecto de cinco reveses em nove lutas.
Outra grande referência nas artes marciais mistas, Cro Cop também não teve êxito em suas passagens pelo Ultimate. Pela companhia, o croata somou 10 desafios, vencendo quatro e perdendo em seis oportunidades.