A derrota de Alex Poatan para Israel Adesanya no UFC 287 marcou a terceira perda de cinturão do Brasil em 2023. O homem do ‘sorriso díficil’ se juntou a Glover Teixeira e Deiveson Figueiredo e foi destronado do posto de ‘Rei’ da divisão dos médios (até 83,9kg). Agora, Amanda Nunes é a única dona de um título do Ultimate nascida em terras tupiniquins com a liderança da categoria peso galo (até 61,2kg) e peso pena (até 65,7kg).
Com apenas a ‘Leoa’ como brasileira ainda ostentando um cinturão do UFC, o SUPER LUTAS traçou um panorama do possível cenário para os atletas tupiniquins e as possibilidades de termos (ou não) mais campeões até o final de 2023.
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No próximo dia 10 de junho, Amanda Nunes enfrentará a norte-americana Julianna Peña pela terceira vez consecutiva, encerrando a rivalidade e decidindo de uma vez por todas quem é a ‘rainha’ da divisão dos galos. Com uma vitória para cada lado, o terceiro embate está programado para o dia 10 de junho, no UFC 289, evento que marcará o retorno do octógono ao Canadá.
Caso Amanda Nunes seja derrotada novamente e com um cenário de futuro inexistente na divisão peso pena (que pode até ser encerrada a qualquer momento), o Brasil pode ficar, pela primeira vez em muitos anos, sem nenhum(a) campeã(a) na maior organização de MMA do mundo.
Em caso de novo triunfo da ‘Leoa’, o Brasil garante, pelo menos, mais um cinturão do UFC por algum tempo independente de qualquer outro atleta que lute ainda na temporada e seguirá ainda relevante no cenário da elite do MMA mundial.
Pensando em um possível cenário de brasileiros (re)conquistando cinturões do Ultimate, o caso mais recente e imediatamente lembrado é o de Alex Poatan. Mesmo com o presidente Dana White jogando um balde de água fria em uma possível trilogia com Israel Adesanya, a rivalidade construída entre o brasileiro e o nigeriano pode acabar falando mais alto e acabar se impondo sobre a vontade do patrão.
Aparentemente, o ‘Stylebender’ não sofreu nenhuma lesão grave no UFC 287, o que o deixaria disponível para lutar pelo menos mais uma vez em 2023, provavelmente, no segundo semestre.
Segundo colocado da divisão peso mosca (até 56,7kg), Alexandre Pantoja deve em breve ser oficializado como próximo desafiante da divisão. Com a ‘moral’ de quem já venceu o campeão Brandon Moreno duas vezes, o ‘Canibal’ vem embalado por três vitórias consecutivas, sendo quatro nas últimas cinco lutas e vem exigindo o posto de desafiante há algum tempo.
Ex-campeão dos leves (até 70,3kg), Charles do Bronx pode estar à apenas um compromisso de ter uma nova oportunidade de lutar pelo cinturão que já esteve em sua posse entre 2021 e 2022. No próximo dia 06 de maio, no UFC 288, o ‘Charlinho’ medirá forças contra o norte-americano Beneil Dariush e em caso de triunfo, poderá ter uma nova chance de dividir o octógono mais uma vez com o russo Islam Makhachev.
Após a vitória sobre Jorge Masvidal, no UFC 287, Gilbert Durinho deu um ‘ultimato’ a Dana White: ‘Ou luto pelo cinturão, ou pode me mandar embora’. Com Colby Covington já confirmado como próximo desafiante do campeão Leon Edwards, o brasileiro já cravou que irá ser o lutador reserva do embate encaminhado para o dia 22 de julho, e que estará pronto para encarar quem sair vitorioso desse confronto.
Número cinco dos médios, Paulo Borrachinha sonha com uma nova chance de lutar pelo cinturão que retornou para Israel Adesanya. Ao que tudo indica, o atleta tupiniquim, que renovou contrato com a organização recentemente, deve ser o responsável por recepcionar o sueco Khamzat Chimaev, provavelmente no UFC 294, em outubro, em Abu Dhabi. Com uma vitória sobre o prospecto, Borrachinha deverá conquistar a oportunidade de dividir o octógono novamente com o ‘Stylebender’, com quem vive trocando farpas e declarações pela imprensa.