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Poatan, o pesadelo de Adesanya: relembre rivalidades que transcenderam os esportes e se tornaram pessoais

Desafetos passados sobreviveram ao tempo e, ainda hoje, dão o que falar em diversas modalidades

Alex Poatan nocauteou Israel Adesanya no UFC 281 (Foto: Twitter/UFCEspañol)

O UFC 287 acontece neste sábado (8) e, com ele, há uma história interessante para ser contada. Protagonista do evento, o campeão dos médios (até 83,9kg.) Alex Poatan, ao longo dos anos, se tornou uma espécie carma na carreira do quase intocável, Israel Adesanya. Carrasco do nigeriano nos tempos de kickboxing, o brasileiro assumiu papel de ‘fantasma’, perseguindo o oponente até o MMA e conquistando vitória também na nova modalidade.

Aos que acreditam em ironias do destino, Poatan pode ser considerado o ‘pesadelo real’ de Israel. Além de bater o rival em três confrontos nos esportes de combate, o paulista parece ter assumido lugar de destaque no imaginário do antigo campeão do Ultimate, deixando de ser apenas um adversário corriqueiro para assumir parte importante no cotidiano do atleta.

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Para entrar no clima do espetáculo que movimenta o MMA no fim de semana, a equipe do SUPER LUTAS selecionou rivalidades que transcenderam – e, às vezes extrapolaram – o esporte. Os desafetos sobreviveram ao tempo e, até os dias de hoje, rendem histórias para contar. Confira:

Conor McGregor x Khabib Nurmagomedov (MMA)

Dois dos principais nomes na história recente do MMA, Conor McGregor e Khabib Nurmagomedov construíram uma rivalidade que ultrapassou os limites do octógono, chegando a envolver religião e família. De um lado, o astro irlandês insistia em ofender os costumes e crenças da estrela russa. Do outro, ‘Águia’ mostrava foco e aparentava não se abalar com as investidas do rival.

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Destaques do peso leve do Ultimate, os atletas foram escalados para resolverem as diferenças no fatídico UFC 229, realizado em 2018. Em disputa, além do acerto de contas, estava o cinturão da categoria, que pertencia a Nurmagomedov e já havia estado nas mãos do ‘Notório’.

Na luta, melhor para Khabib, que dominou o adversário e liquidou a fatura com uma finalização no quarto round. O problema veio depois. Toda a plenitude do russo exibida em meses de entrevistas e provocações desencadeou uma revolta inusitada.

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Em momento de ira, depois de obrigar o adversário a dar os ‘três tapinhas’ em sinal de desistência, Nurmagomedov saltou as grades de contenção na tentativa de agredir Dillon Denis, amigo e parceiro de treinos de Conor. O ato impensado provocou uma briga generalizada na T-Mobile Arena, envolvendo equipe e fãs que acompanhavam o espetáculo.

Dias depois, ambos sofreram ganchos pesados da Comissão Atlética. Por vezes, uma revanche foi cogitada, mas o plano foi por terra após a aposentadoria de Khabib, no fim de 2020.

Ainda hoje, há eventuais trocas de farpas entre os atletas, munindo uma das maiores rivalidades na história do MMA.

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Muhammad Ali x Joe Frazier (Boxe)

Considerados dois dos melhores pugilistas de todos os tempos, Muhammad Ali e Joe Frazier são protagonistas da ‘Luta do Século’, confronto de boxe ocorrido em 1971, até hoje lembrado pelos fãs da ‘nobre arte’. O que muitos jovens podem não saber é que o contexto para o confronto entre as estrelas foi cercado de polêmicas que afetaram o psicológico de uma das partes.

Invicto no boxe, até então, Ali retomava a carreira após cumprir suspensão por se recusar a servir o exército norte-americano na guerra do Vietnã. Detentor do cinturão da ‘The Ring’ no peso pesado, a lenda tentava tomar os títulos da WBA e WBC de Frazier.

Antes do confronto, Muhammad usou e abusou das provocações ao adversário. Nas falas do muçulmano, insultos racistas tentavam desestabilizar Joe, que se mantinha contido.

Após meses de ofensas, o confronto aconteceu. Diante de mais de 20 mil pessoas que lotaram o consagrado ‘Madison Square Garden’, em Nova York (EUA), Ali conheceu a primeira derrota. No resultado que chocou o mundo, Frazier se confirmaria como campeão peso pesado.

Os atletas se enfrentariam em mais duas oportunidades. Nos confrontos sequentes, melhor para Muhammad.

No caso dos dois astros do boxe, a rivalidade perpassou o tempo e até as aposentadorias. Anos depois, Joe, em entrevistas e documentários, dava sinais de ainda guardar mágoa com as provocações do antigo adversário.

Ayrton Senna x Alain Prost (Fórmula 1)

Não só nos esportes de combate a rivalidade por assumir tons mais agressivos. A Fórmula 1 também conta com seus desafetos e relembraremos um deles, envolvendo dois dos melhores pilotos da história da modalidade.

Ídolo brasileiro, Ayrton Senna sempre foi conhecido como um piloto destemido e ousado. Depois de chegar à F1 correndo pela Toleman, em 1984, o brasileiro já, na primeira temporada, tentava fazer frente ao já consagrado Prost, que competia pela McLaren. O atrito inicial entre as partes aconteceu na sexta corrida, que tinha Mônaco como sua sede.

Na disputa, em dia de chuva abundante, Senna se destacava e ultrapassava os adversários, buscando à liderança. Alain comandava o Grande Prêmio e poderia ser ultrapassado pelo então prospecto. Em manobra suspeita do presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Jean Marie Balestre, que gozava de boa relação com o francês, a corrida foi interrompida e Prost ficou com a vitória. A situação, obviamente, gerou desconfiança e provocou a ira do brasileiro.

Anos depois, Ayrton viria a se tornar companheiro de equipe de Alain na McLaren e, obviamente, a disputa de egos chamaria atenção. Nas pistas, os pilotos disputavam vitórias prova a prova e um ato de desobediência do tupiniquim cessou qualquer tipo de paz entre as estrelas. Em 1989, após se recusar a cumprir um acordo de não ultrapassagem na primeira volta, Senna comprou a briga e acabou apimentando a relação.

Sem clima, Prost acabou migrando para a Ferrari na temporada seguinte, mas a competição apenas aumentou. Mesmo com a eventual aposentadoria do francês, a relação entre os atletas nunca foi amigável.

Curiosamente, no entanto, Alain chocou o mundo ao comparecer ao funeral de Senna após a morte trágica do piloto em corrida realizada em 1994. A estrela do automobilismo ajudou a carregar o caixão do tricampeão mundial.

Michael Jordan x Isiah Thomas (Basquete)

Inseridos no grupo dos 50 melhores jogadores na história da NBA, Michael Jordan e Isiah Thomas ainda alimentam uma rivalidade iniciada nos anos 1980. A relação entre os ex-jogadores pode ser considerada daquelas que o tempo não conseguiu apagar.

Tudo teria começado durante o ‘All-Star Game’ de 1985, quando Jordan ainda dava os primeiros passos rumo ao estrelato na organização. Atuando ao lado dos maiores nomes da companhia, o ‘jovem Michael’ teria se sentido incomodado por não estar recebendo passes de companheiros de equipes já consagrados, entre eles, Thomas.

A rivalidade ganhou corpo nos confrontos entre o Chicago Bulls, equipe de Jordan, e o Detroit Pistons, comandada por Isaiah. Fisicamente imponente, o time de Thomas se tornou o grande carrasco do adversário, que tentava seu primeiro título na liga.

Em disputas na pré-temporada, os times se enfrentaram por quatro vezes, com três vitórias para a equipe de Detroit. Durante as partidas, Jordan era massacrado, vítima da força bruta de Isaiah e seus companheiros de equipe.

Na primeira vez em que o time de Chicago deixou a quadra como vencedora em fase eliminatória, Michael se indignou com o que considera uma falta de espírito esportivo entre as partes. Derrotados, os astros do Pistons deixaram o campo de jogo sem cumprimentar os algozes.

O desgosto de Michael para com Isaiah chegou a tomar outras proporções. Apesar de negar participação no caso, Jordan é considerado culpado pela não convocação do rival para as Olimpíadas de 1992, quando o basquete norte-americano montou o famoso ‘Dream Team’.

No documentário ‘The Last Dance’, que narra a saga do Bulls para a conquista do quinto campeonato da NBA, Jordan deixa claro que ainda mantém o desafeto com Thomas.

Romário x Edmundo (Futebol)

Lê lê lê lê ô, lê lê lê lê á, com bad boys no seu time, já pode comemorar’. A música icônica dos anos 1990 poderia resumir uma grande amizade construída no futebol, mas não foi.

Romário e Edmundo despontaram para o futebol brasileiro como craques da bola, além de personalidades do folclore carioca. Em 1995, contratados pelo Flamengo, a união, que levou para os gramados uma amizade das noites do Rio de Janeiro, gerou empolgação, mas não entregou resultado.

Sem títulos importantes, a parceria Romário-Edmundo ruiu dentro e fora de campo. Antes parceiros, os atletas passaram a construir uma briga de ego, que envolviam, além de disputas no esporte, supostamente flertes na noite.

Em 1998, a relação se estremeceu de vez. Dono de um café no Rio de Janeiro, Romário autorizou uma caricatura do rival na porta de um banheiro do estabelecimento. A imagem de Edmundo sentado em uma ‘bola murcha’ repercutiu negativamente para o ‘Animal’.

Com a decepção no Flamengo, os jogadores voltaram a se encontrar no Vasco da Gama, em 2000. Contratado pelo cruzmaltino como reforço para o Mundial daquela temporada, Romário chegou incomodando Edmundo, que, à época, reinava como capitão e cobrador de pênaltis da equipe.

Amigo do presidente Eurico Miranda, o ‘Baixinho’ logo recebeu a faixa e a responsabilidade de bater as penalidades. A ação de Edmundo, que, ao retornar de lesão, não recebeu de volta os ‘adornos’, foi imediata. Assim, os atletas passaram a trocar farpas públicas via imprensa.

Anos depois, os astros do futebol chegaram a ensaiar uma reconciliação. No ano passado, porém, os, agora, ex-jogadores, voltaram a se bicar. O motivo da discórdia: Edmundo chamou Romário de vaidoso publicamente, incomodando o ‘Baixinho’, que alegou ter recebido o ‘Animal’ dias antes em sua casa.

Roobet patrocina a cobertura do UFC 287

A Roobet patrocina a cobertura do UFC 287 direto de Miami (EUA), com destaque para a luta Alex Poatan x Israel Adesanya na disputa do cinturão dos médios.

Alex Poatan é embaixador da Roobet no Brasil e a casa oferece até US$100 (mais de R$500) em apostas grátis para você apoiar o brasileiro. Acesse agora o site, confira o regulamento e aproveite a promoção!

Conheça a trajetória de Alex ‘Poatan’ Pereira dos tempos de borracharia ao estrelato do UFC

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