Novo campeão peso galo (até 61,2kg.) do One Championship, Fabrício Andrade se consagrou rei da divisão após vencer seu compatriota, John Lineker, em fevereiro. Conhecido pelas habilidades na luta em pé, o atleta de 25 anos teve uma rápida e vitoriosa escalada rumo ao cinturão da organização. Com apenas 11 lutas na carreira, o fortalezense já é referência das artes marciais mistas no território asiático e busca mostrar suas credenciais aos brasileiros.
Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o lutador falou sobre o início da sua carreira; promoção da sua imagem; sentimento de lutar contra John Lineker; reconhecimento no Brasil e próximos passos na carreira.
“Acho que na segunda luta de MMA, com 17 anos, eu recebi a oportunidade de lutar no Cazaquistão e acabei tendo alguns problemas por lá. Eu lutei duas categorias acima do que eu performava. E aí fui nocauteado e fiquei triste, optei por dar um tempo do MMA. Fiquei só no muay-thai e kickboxing. Dois anos depois fui para a China, onde morei em uma academia por três meses, até achar uma casa. Depois disso, voltei para o MMA de fato”.
“Eu gosto de lutar, é o que sei fazer. Em qualquer trabalho a gente quer receber bem. Então precisamos ter como exemplo que está sendo bem pago. Sabemos que o Conor McGregor recebe bem, conseguiu fazer o máximo de dinheiro nesse esporte que não é fácil, não é um esporte que você tem a vida toda. Então temos essa janela para tirar o maior proveito possível. Quero ser quem eu sou, mas também quero que as pessoas lembrem de mim. Junto tudo e crio uma personalidade verdadeira. Se eu acho que vou nocautear, eu falo. É a maneira como me expresso”.
“Eu já me imaginava campeão do One antes mesmo de assinar com eles. Sonhava em estar aqui, acompanhar meus parceiros de treino para as lutas deles, era um sonho muito grande. Lineker se tornou o cara que eu queria lutar desde que assinou com o One. Ele veio no auge, com 32 anos, nocauteando todo mundo. Eu sabia que ele ia virar campeão. Ele era o melhor cara que eu poderia enfrentar e queria provar que eu poderia ganha-lo. Ele é o cara mais duro que já lutei e fiquei bem feliz quando ele me disse que também fui o cara mais duro da carreira dele. As lutas que tivemos vai me fazer evoluir para as próximas”.
“Já teve uma diferença grande depois que o Combate começou a transmitir as lutas do evento, já vemos uma diferença muito grande. O pessoal do One está ansioso também. Vai demorar um tempo para o pessoal se acostumar, mas eles vão perceber que os outros eventos são bons e às vezes até com atleta melhores que eles estão acostumados a ver. Vou para o Brasil, em Fortaleza, levar meu cinturão, ver minha família e promover mais o One”.
“Para ser honesto, pelo que o One fez por mim e pelo que vem fazendo por mim até agora, eu não penso em trocar de promoção. Eles estão me valorizando bem e isso é o que mais importa: ser valorizado. Então, vou ficar por aqui um bom tempo (..) moro na Tailândia há cinco anos, tenho uma vida aqui e quem vive da luta é um país muito bom de se morar”.