Veterano do MMA, Ben Henderson terá sua segunda oportunidade de ampliar seu legado no esporte. Nesta sexta-feira (10), o antigo campeão do UFC disputará o cinturão dos leves (até 70,3kg.) no Bellator 292 contra o dono do trono, Usman Nurmagomedov. No show, o ‘Menino Lobo’ terá a segunda oportunidade de assumir o título desde sua estreia na companhia.
Caso conquiste o ‘ouro’ no Bellator 292, Ben Henderson fará história. Se bater o primo invicto de Khabib, o norte-americano será inserido na lista de atletas que deixaram o Ultimate para somar título em empresa concorrente.
Para refrescar a memória, a equipe do SUPER LUTAS selecionou nomes que passaram pelo UFC e tiveram sucesso em outras organizações. Confira abaixo:
Considerada por muitos como a melhor lutadora de MMA em todos os tempos, Cris Cyborg carrega uma marca emblemática em sua carreira. Conhecida por sua agressividade nos cages, a curitibana representou o Ultimate entre 2016 e 2019, chegando a vestir o cinturão dos penas (até 65,7kg.).
Após atritos com o presidente do Ultimate, Dana White, e falhas na tentativa de renovação de contrato, a brasileira migrou para o Bellator, estreando em 2020, em conquista do cinturão, também dos penas. Desde então, Cyborg acumula seis defesas de título, e segue sua hegemonia na organização.
Além de títulos no UFC e Bellator, Cris detém um recorde único no MMA feminino. A lutadora é a única a conquistar o ‘Grand Slam’ no esporte, somando cinturões no Strikeforce e Invicta.
Atual campeã da PFL no peso leve (até 70,3kg.), Larissa Pacheco é outra combatente que teve passagem pelo Ultimate. Pela empresa presidida por Dana White, a brasileira teve dois compromissos, em 2014 e 2015, mas acabou superada nas duas oportunidades.
Em 2019, Pacheco estreou na Professional Fighters League, e ‘bateu na trave’ por duas vezes na tentativa de conquistar o torneio daquela temporada, e na de 2021. Em 2022, no entanto, a tupiniquim chocou o mundo ao bater, na final, a, até então, ‘insuperável’ Kayla Harrison.
Campeão no ‘The Ultimate Fighter’ (TUF) Brasil 3, Antônio Cara de Sapato foi tratado como esperança brasileira no peso médio (até 83,9kg.) do Ultimate. Afiado no jiu-jitsu, o atleta chegou ocupar posição de destaque na divisão. No entanto, entre 2019 e 2021, o lutador acabou sofrendo três derrotas seguidas e se desligou da empresa na sequência.
Fora do UFC, Cara de Sapato assinou contrato com a PFL e, em sua temporada de estreia, brilhou como referência no torneio dos meio-pesados (até 93kg.). Em quatro desafios em 2021, o atleta venceu três adversários e somou um ‘no contest’. Ao fim do campeonato, o atleta teve sua consagração, vestindo o título da categoria ao superar Marthin Hamlet.
Irmão do icônico Anthony Pettis, Sergio Pettis foi tratado como aposta do UFC desde sua estreia na companhia. Representante do peso mosca (até 56,7kg.), o atleta, no entanto, não encontrou estabilidade no Ultimate, chegando a alternar vitórias e derrotas.
Percebendo o talento em Pettis, Scott Coker e sua equipe decidiram investir e contrataram o lutador. Na companhia, o lutador atuou como peso galo (até 61,2kg.) e, depois de duas vitórias convincentes, enfrentou Juan Archuleta pelo trono do grupo, conquistando o mesmo via decisão. Até o momento, o norte-americano soma uma defesa de cinturão.
Antigo destaque nos meio-pesados do UFC, Ryan Bader é outro nome que brilha no cage circular. Vencedor do TUF 8, o norte-americano calçou as luvas do Ultimate entre 2009 e 2016. Pela companhia, o atleta enfrentou nomes como Jon Jones, Glover Teixeira, Lyoto Machida, Quinton Jackson, Tito Ortiz, Anthony Johnson e Rashad Evans.
Depois de se desligar da empresa presidida por Dana White, Bader foi contratado como grande aposta do Bellator. Logo em sua estreia, em 2017, o atleta mediu forças contra Phil Davis, outro antigo representante do UFC. Na luta marcada pelo equilíbrio, Ryan conquistou o título da organização nos meio-pesados.
Na empresa, Bader também teve êxito ao vencer o torneio dos pesados (até 120,2kg.) 2019 e, até hoje, reina na divisão.
Atual campeão da PFL nos meio-pesados, Rob Wilkinson também já calçou as luvas do Ultimate. Hoje, no topo da divisão na concorrente, o lutador teve passagem discreta pelo UFC, somando tropeços nos dois compromissos que disputou.
Um dos algozes de Wilkinson foi Israel Adesanya. Contra o nigeriano, em 2018, o atleta acabou duramente brutalizado, sofrendo o revés que decretou sua saída da empresa.
Antiga aposta do Ultimate no peso galo, o japonês Kyoji Horiguchi é tratado por muitos como um atleta injustiçado em sua trajetória no UFC. Pela organização presidida por Dana White, o peso mosca (até 56,7kg.) travou oito confrontos, sendo superado em apenas uma oportunidade, justamente na disputa de cinturão contra o lendário Demetrious Johnson, em 2015.
Após deixar o UFC, Horiguchi migrou para o Rizin, conquistando o título da empresa no peso galo, em 2017. Em 2019, o japonês debutou no Bellator e, logo na estreia, vestiu o cinturão dos galos. Por constantes lesões, o lutador acabou abrindo mão do título.
Veterana do MMA, Liz Carmouche faz parte da lista de vítimas de Ronda Rousey no Ultimate. Em 2013, a norte-americana estreou no UFC e, de cara, mediu forças com o ícone do MMA feminino. Na luta, a combatente acabou finalizada no primeiro round. Em 2019, já no peso mosca, a atleta buscou o cinturão do grupo, mas foi superada pela campeã da época, Valentina Shevchenko.
Depois do tropeço contra a quirguistanesa, Carmouche migrou para o Bellator, estreando com vitória na empresa em 2020. Dois anos depois, Liz disputaria o cinturão dos moscas contra a brasileira Juliana Velasquez e, enfim, somaria o título da companhia. Em revanche imediata, a norte-americana voltou a levar a melhor, finalizando a tupiniquim no segundo round.
Um dos melhores representantes no peso mosca de todos os tempos, Demetrious Johnson ainda detém o recorde de defesas de cinturão no UFC (11). Envolvido em uma troca com o ONE Championship, o lutador migrou para a companhia asiática e tentou repetir os feitos do passado.
No ONE, o norte-americano conquistou o título dos moscas logo em sua temporada de estreia, em 2019. O lutador acabou perdendo o trono em sua primeira defesa, em 2021, quando foi nocauteado pelo brasileiro Adriano Moraes. Na revanche imediata, em 2022 melhor para o ex-Ultimate, que devolveu o nocaute sofrido no ano anterior e reassumiu o topo da categoria.