Nas casas de apostas, Fábio Maldonado não era favorito contra Gian Villante. Neste domingo (23), quando os dois entraram no octógono do UFC Natal, no entanto, o que se viu foi o brasileiro melhor na luta – principalmente nos dois últimos rounds. A principal chave para a vitória de Maldonado foi seu boxe, que lhe rendeu a terceira melhor marca em golpes conectados na história da categoria meio-pesado. A supremacia do seu jogo em pé contra o companheiro de treinos de Chris Weidman não chegou a ser uma surpresa para o ex-pugilista.
“Eu sabia que a parada era em pé, eu sabia que ia resolver em pé. Só se ele desse mole e eu pudesse finalizar. Ele resolveu só me segurar no chão. Se ele tenta me finalizar ou nocautear, iria me dar oportunidade de finalizá-lo ou levantar. Ele deixou a luta meio amarrada no primeiro round. Depois, se me sangrar aí é que eu funciono. Funciono apanhando, igual mulher de malandro”, disse o brasileiro na coletiva de imprensa logo após o evento, arrancando gargalhadas dos presentes.
Maldonado ainda revelou que não fez um treinamento muito intenso na parte física, sob justificativa de se preocupar com os prejuízos que o excesso de esforço poderia trazer em seu desempenho. “Eu achei que comecei o primeiro round sem saber nem que estava lutando. Tomei dois ‘quedões’ e senti a força do Villante, vi que ele é bem forte. Essa foi uma das lutas que eu menos fiz preparação física. A gente tem medo, porque quer mostrar o melhor, mas numa dessas acaba dando overtraining“, concluiu o “Caipira de Aço”.
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