Ter olhares para um grande talento, por muitas vezes, pode não ser tão fácil quanto se espera. Em entrevista exclusiva ao canal do SUPER LUTAS no ‘YouTube’, Rodrigo Minotauro relembrou quando ‘descobriu’ o campeão dos pesos médios (até 83,9kg.) Alex Poatan, que ainda era destaque no GLORY e apenas pensava em fazer a transição ao MMA.
Minotauro esteve em Amsterdam, na Holanda, para gravar o documentário ‘Viver para Lutar, do próprio UFC, quando se encontrou com Poatan pela primeira vez. A lenda dos pesos pesados (até 120,2kg.) admite que não o conhecia, mas já viu uma qualidade assombrosa em sua primeira impressão.
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“Eu tive a chance de encontrar com o Poatan nas gravações do programa ‘Viver para Lutar’, em Amsterdam. Quando fui fazer a parte de kickboxing, conheci umas pessoas. Um dos diretores do GLORY falou: ‘Você não vai falar com o Poatan?’ e eu não o conhecia. Nunca tinha visto lutar. Fui ver bater manopla e liguei para alguns amigos no Brasil que falavam que ele era fenômeno”, disse Rodrigo Minotauro.
Minotauro tem uma grande participação no sucesso atual de Alex Poatan, que detém o cinturão dos pesos médios (até 83,9kg.) do UFC. O comentarista da organização declarou que chegou a comentar com o presidente, Dana White, que o brasileiro seria capaz de bater Israel Adesanya na trocação, logo após vitória do nigeriano sobre Paulo Borrachinha pelo título, em luta que aconteceu na edição de número.
“Ele encostou em mim e falou: ‘Quero lutar MMA. Quero lutar no UFC”. Ele foi fazer uma visita no escritório do UFC alguns meses depois, apresentei ao Jorge Guimarães e Ed Soares. A gente fez essa conexão e posteriormente ele conheceu o Anderson Silva. Lutou no LFA. Um dia, eu estava em Abu Dhabi quando o Adesanya ganhou do Borrachinha e o Dana falou: ‘Ninguém pode vencer esse cara na trocação’. E eu, no meio da conversa, falei: ‘Eu tenho o cara. Eu tenho alguém’. Surgiu o nome do Poatan e o pessoal começou a acompanhar até ele fazer a entrada dele (na organização)”, relembrou a lenda brasileira.
Sucessores naturais
Categoria que teve Anderson Silva como grande nome por uma década, os pesos médios (até 83,9kg.) voltaram a ter um representante brasileiro no topo com Alex Poatan, mas se engana quem pensa que a ‘fonte pode secar’ após possível subida do campeão aos pesos meio-pesados (até 93kg.). Para Rodrigo, Caio Borralho e André Sergipano também têm qualidade para ocupar lugar de destaque.
“É uma categoria importantíssima. A gente teve Anderson (Silva), Vitor Belfort. Teve uma passagem do Lyoto (Machida) e estamos com Caio Borralho, Poatan – que é o dono da categoria no momento -, André Muniz, (Bruno) Blindado. É uma categoria tradicional. Na saída do Poatan, que pode subir daqui uns anos, a gente tem o Borralho que é um pouco mais jovem e pode ser um grande sucessor na categoria. Tem o Muniz, também”, concluiu.
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