O Bellator 291, evento que acontece neste sábado (25), marca o retorno do campeão dos meio-médios (até 77kg) Yaroslav Amosov ao cage após meses travando uma batalha diferente e muito mais perigosa.
Após um longo período atuando na linha de frente do exército ucraniano, o campeão explicou, em entrevista ao site norte-americano “MMA Junkie”, os motivos que o levaram deixar a guerra contra a Rússia e retornar à organização para defender o título contra o campeão interino Logan Storley.
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“Uma vez que a parte central da Ucrânia foi liberada, que a minha cidade se tornou livre dos russos, eu comecei a receber muita pressão da minha família, dos meus amigos e dos meus entes queridos. Eles disseram que, já que a nossa área imediata estava livre, seria a hora de eu retornar a lutar e usar minha notoriedade e minha plataforma para ser a voz do que está acontecendo por lá, em vez de estar fisicamente com as botas no solo. Não foi uma decisão fácil. Houve muita pressão da minha família e dos meus amigos, mas eventualmente eu decidi que seria isso que eu faria”, justificou Amosov.
Embora a situação em sua região natal esteja momentaneamente apaziguada, Yaroslav Amosov sabe que os perigos em tempos de guerra são constantes.
“A guerra ainda está acontecendo. As pessoas ainda estão morrendo. Mas na parte central da Ucrânia não há mais ação militar. Mas ainda há perigo. A Rússia tem mandado mísseis por toda a Ucrânia. A qualquer momento, eles podem cair em qualquer lugar. Sempre há perigo. Temos muitos problemas com eletricidade e calor por toda a Ucrânia. As coisas estão marginalmente melhor em algumas partes, mas estou longe de dizer que as coisas estão bem”, disse o lutador.
Por fim, Yaroslav Amosov garantiu que tudo que passou nos últimos meses e a atual situação de seu país e de seu povo servem como combustível extra para motivá-lo na defesa de cinturão.
“É muito motivador, agora, mais do que nunca, saber o que significa para o meu povo e meus fãs. Isso até me ajudou no treinamento. Havia momentos no treinamento em que eu estava me sentindo mal, mas aí percebia que alguns amigos meus estão nesse momento sentados nas trincheiras, recebendo tiros e mísseis voando por toda a parte. Comparado a eles, minha missão é fácil. Isso me ajudou e me motivou nos treinos”, finalizou.
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