Relembre atletas que perderam chance por cinturão ao aceitarem lutas contra atleta atrás no ranking

Jessica Bate-Estaca pode se aproximar ou afastar de disputa de título, dependendo do resultado da luta contra Erin Blanchfiled no UFC Las Vegas 69

Hermansson (esq.) passa Jacaré (dir.) no ranking. Foto: Reprodução / Facebook @ufc

Destemida, Jessica Bate-Estaca topou um desafio de peso ao substituir Taila Santos de última hora no UFC Las Vegas 69. Protagonista do espetáculo deste sábado (18), a ex-campeã dos palhas (até 52,1kg.) mede forças com Erin Blanchfield em desafio no peso mosca (até  56,7kg.). Caso vença, a brasileira pode exigir novo confronto pelo trono da divisão, mas, caso contrário, a atleta pode repetir o cenário vivido por destaques da organização, que se afastaram do ‘ouro’ ao serem superados por rivais atrás no ranking.

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Nomes como Ronaldo Jacaré, Gilbert Durinho, Marina Rodrigues e Jussier Formiga pagaram o preço da coragem ao enfrentarem e serem superados em confrontos contra oponentes que precisariam aguardar ‘na fila’. Pensando nisso, o SUPER LUTAS relembra alguns episódios em que lutadores se afastaram da condição de desafiante ao toparem desafios semelhantes.

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Ronaldo Jacaré x Jack Hermansson (2019)

R. Jacaré (esq.) em luta contra J. Hermansson. Foto: Reprodução / Facebook @ufc

Considerado um grande destaque do peso médio (até 83,9kg.) há alguns anos, Ronaldo Jacaré tentou, e muito, uma disputa de cinturão no UFC. Ex-campeão do extinto Strikeforce, o ícone do jiu-jitsu bateu na trave em determinadas vezes, mas foi em 2019 que ocorreu a situação mais gritante.

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Em 27 de abril daquela temporada, o brasileiro tinha confronto confirmado contra Yoel Romero. Em jogo, estava a condição de desafiante ao cinturão do grupo, assegurada por Dana White nas vésperas do show. O cubano, porém, acabou se lesionando, dando lugar ao, até então, desconhecido Jack Hermansson. Na luta, Ronaldo acabou superado pelo oponente na decisão dividida e, depois do revés, não venceu mais com as luvas do Ultimate, dando adeus ao sonho do título ao se aposentar do MMA em 2015.

Jennifer Maia x Joanne Wood (2020)

J. Maia (dir.) finalizou J. Calderwood (esq.) no UFC Las Vegas 5. Foto: Reprodução/Instagram

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Ao contrário de Jacaré, a situação envolvendo Jennifer Maia acabou sendo benéfica à torcida brasileira. O ano era 2020 e Joanne Wood havia sido escalada para enfrentar a campeã dos moscas, Valentina Shevchenko. A luta, que aconteceria no UFC 250, acabou cancelada por lesão da ‘dona da categoria’. Sem adversária, a escocesa aceitou encarar Maia cerca de dois meses depois, ‘esquecendo’ momentaneamente o sonho do título.

Contra Jennifer, Wood acabou sendo vítima de um verdadeiro show da brasileira. Finalizada de forma avassaladora no primeiro round, a lutadora se despediu da condição de desafiante, passada, por mérito, à paranaense.

Marina Rodriguez x Amanda Lemos (2022)

Amanda Lemos (dir.) castiga Marina Rodriguez (esq.) no UFC Las Vegas 64. Foto: Reprodução / Twitter @UFCEspanol

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Há anos, destaque do peso palha, Marina Rodriguez persegue uma luta pelo título da categoria desde sua estreia no Ultimate, em 2018. Com atuações convincentes, a brasileira atingiu a marca de quatro vitórias seguidas na divisão e ocupou lugar de destaque no top 5 do grupo. Uma compatriota, porém, estragaria os planos a curto prazo da gaúcha.

Já com o cinturão à vista, Rodriguez topou o compromisso contra Amanda Lemos, conhecida por sua agressividade e em franca ascensão no grupo. O desafio aconteceu em novembro de 2022. No embate, a paraense levou a melhor ao conseguir impor seu jogo. O triunfo de Amanda aconteceu no terceiro round, via nocaute técnico. Com o tropeço, Rodriguez perdeu a terceira posição no ranking, cedendo o posto à compatriota.

José Aldo x Merab Dvalishvili (2022)

J. Aldo (esq.) foi superado por M. Dvalishvili (dir.) no UFC 278. Foto: Reprodução/Instagram

Embalado por três vitórias seguidas, José Aldo era um dos favoritos a enfrentar o campeão peso galo (até 62,1kg.) do UFC, Aljamain Sterling. Próximo de ter a chance de conquistar o segundo cinturão na organização, e já citado pelo dono do trono, o brasileiro se recusou a ficar inativo e pagou caro pela decisão.

Escalado para o UFC 278, o manauara se preparou para encarar um dos destaques da categoria: Merab Dvalishvili. Visto por muitos como o lutador que sairia em vantagem no combate, Aldo acabou não oferecendo os riscos esperados ao georgiano e foi superado nos pontos. Aos 36 anos, o Rei do Rio decidiu pendurar as luvas e deixou escapar a chance de se tornar campeão em duas divisões do Ultimate.

Vicente Luque x Belal Muhammad (2022)

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Destaque na categoria dos meio-médios (até 77,1kg.), Vicente Luque estava em ótimo momento na organização, com quatro vitórias seguidas, sendo três na via rápida. Forte candidato a uma disputa de título, o brasileiro caiu nas provocações de uma antiga vítima e aceitou o confronto que não seria vantajoso em sua escalada pelo cinturão.

Em abril de 2022, ‘O Assassino Silencioso’, como é conhecido, resolveu dar uma segunda chance a Belal Muhammad. No primeiro encontro dos dois, o brasileiro nocauteou o rival ainda no primeiro round. Confiante, Vicente virou testemunha da evolução do seu adversário e acabou sendo anulado pelo norte-americano. Com o revés, o atleta se distanciou da disputa dos sonhos.

Dan Henderson x Lyoto Machida (2013)

Lyoto Machida (esq.) em luta contra Dan Henderson (dir.) pelo UFC em 2013. Foto: Reprodução/YouTube UFC

Antigo campeão do Pride (peso médio), Strikeforce (peso meio-pesado) e desafiante a cinturões nos médios e meio-pesados do Ultimate, Dan Henderson pode celebrar uma trajetória de sucesso no MMA. O atleta, porém, por pouco, não teve a ‘cereja do bolo’, e graças a um brasileiro.

Em 2012, Dan foi escalado para enfrentar o já consagrado Jon Jones para a disputa do cinturão na divisão até 93kg. O atleta, no entanto, acabou lesionando o joelho e se despediu momentaneamente do sonho.

Depois de perder o lugar na fila para encarar ‘Bones’, Henderson teria a oportunidade de retomar o sonho e topou o ‘Confronto de Desafiantes’ contra Lyoto Machida, antigo campeão do grupo. Com a chance assegurada, o norte-americano acabou superado em embate ocorrido no UFC 157. Batido na decisão dividida dos juízes, o lutador não teve mais oportunidades de atuar pelo trono da categoria.

Jussier Formiga x Henry Cejudo (2015)

Jussier Formiga (esq.) e Henry Cejudo (dir.) se enfrentaram em 2015, pelo UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Em alta no UFC, Jussier Formiga vinha fazendo seu nome e batendo em todos os adversários que subiam no octógono. Pronto para se tornar campeão, o atleta peso mosca (até 52,1kg.) precisou passar pelo teste de fogo, para provar que merecia a almejada luta pelo cinturão. Vítima de uma decisão apertada, o brasileiro foi obrigado a voltar para o fim da fila.

O ano era 2015, e o adversário do Jussier Formiga ainda era pouco conhecido. Com apenas dois combates pela organização, Henry Cejudo se apresentou e acabou com as esperanças do brasileiro. Em confronto equilibrado, os lutadores que possuem altas habilidades na luta agarrada, guerrearam até o último segundo. Na ocasião, o futuro duplo campeão triunfou na decisão dividida e se tornou o candidato a lutar pelo cinturão.

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