Nem sempre quem é derrotado em disputas de cinturão, precisa sair envergonhado do octógono. Alexander Volkanovski foi o exemplo mais recente disso. Batido por Islam Makhachev na luta principal do UFC 284, que aconteceu no último sábado (11), o campeão do peso pena (até 65,7kg) foi bastante elogiado e enaltecido por fãs do esporte e pela imprensa especializada. Relembre outros atletas que ‘saíram maiores’ após um revés em uma disputa de título.
5 – Alexander Volkanovski
Diante do campeão dos leves (até 70,3kg) Islam Makhachev, Volkanovski provou porque era, e continua sendo, o número um do ranking peso por peso da organização. Considerado zebra na proporção de 4 para 1 nas casas de apostas, o australiano exigiu de Islam Makhachev uma atuação que nenhum outro atleta ainda havia exigido do russo. Ao fim de 25 minutos de uma guerra histórica, o pupilo de Khabib Nurmagomedov saiu vitorioso em uma apertada decisão unânime dos juízes.
4 – Johny Hendricks
Em novembro de 2013, no UFC 167, o norte-americano Johny Hendricks encarou uma missão que parecia impossível: bater o rei dos meio-médios (até 77,1kg) Georges St. Pierre, que já havia defendido o seu cinturão oito vezes consecutivas. Em um MGM Grand Garden Arena lotado, o ‘Big Ring’ impôs um castigo poucas vezes visto e sentindo pelo canadense, que saiu do octógono com o rosto bastante machucado. Ao final do embate, o campeão saiu vitorioso em uma polêmica decisão dividida que gera discussões até os dias de hoje. Hendricks saiu inconformado da arena e o canadense anunciou aposentadoria alegando ‘motivos pessoais’. Um evento que entrou para a história.
3 – Chael Sonnen
Até então considerado um atleta ‘meio de tabela’ na divisão dos médios (até 83,9kg), Chael Sonnen conseguiu chegar a uma disputa de cinturão contra a lenda brasileira Anderson Silva através de muita provocação, que em certos momentos até passou do ponto. Mesmo contrariado e achando a atitude do norte-americano desrespeitosa, o campeão aceitou enfrentá-lo em agosto de 2010.
No octógono, por cerca de quatro rounds e meio, Sonnen conseguiu um feito que até então nenhum outro desafiante tinha sequer chegado perto de alcançar: dominar e surrar Anderson Silva. Com um festival de quedas e domínio na luta de solo, Chael chegou em certos momentos a ‘brincar’ com o seu rival, tamanha era a sua vantagem e controle da luta. Com uma costela fraturada, o ‘Spider’ parecia apenas esperar o tempo passar.
Na reta final do quinto round, mesmo por baixo e sofrendo com o ground and pound, Anderson conseguiu encaixar um triângulo e fazer o seu rival bater em desistência. Uma vitória histórica para o brasileiro e uma derrota que deixou Sonnen com grande moral com a organização. Após o embate, o norte-americano ainda alcançou uma revanche apenas duas lutas depois e mesmo derrotado novamente, de forma imediata, conseguiu estrelar uma edição do ‘TUF (The Ultimate Fighter)’ contra Jon Jones e disputar também o cinturão dos meio-pesados (até 93kg).
2 – Alexander Gustafsson
O prospecto Alexander Gustafsson chegou à disputa de cinturão dos meio-pesados (até 93kg) embalado por seis vitórias consecutivas. Porém, do outro lado do octógono, estava Jon Jones, o campeão mais jovem da história da divisão e que já havia batido nomes como Maurício Shogun, Rampage Jackson, Lyoto Machida e Rashad Evans. O atleta sueco, aparentemente, seria só mais um desafiante que seria facilmente batido.
No UFC 165, em setembro de 2013, o prospecto sueco mostrou que não queria ser só mais um e levou Jones à aguas profundas, até então desconhecidas pelo campeão da divisão. Com praticamente a mesma envergadura, boa defesa de quedas e trocação também de alto nível, Alex aterrorizou Jon e aplicou um castigo ao dono do cinturão, que ele não havia sofrido ainda. Ao fim do embate, Jones saiu vitorioso na decisão unânime dos juízes, mas o resultado gerou bastante reclamação do lutador sueco e de muitos fãs de artes marciais mistas.
1- Thiago Marreta
Mesmo com Jones já mostrando sinais de ‘desinteresse’ pela divisão dos meio-pesados (até 93kg), as quatro vitórias consecutivas de Thiago Marreta o credenciaram a disputar o cinturão da categoria. Na luta principal do UFC 239, em julho de 2019, o atleta tupiniquim conseguiu, provavelmente, a maior atuação de sua carreira, lesionou os dois joelhos durante o combate e acabou derrotado na decisão dividida dos juízes. Uma derrota que fez Marreta sair maior do que entrou no octógono da T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA).
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