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‘Nosso objetivo é ser o melhor show de MMA do mundo’, almeja criador do Double Fighting

Quatro atletas no cage na primeira luta de Double Fighting. Foto: Reprodução/YouTube

Quatro atletas no cage na primeira luta de Double Fighting. Foto: Reprodução/YouTube

O Double Fighting causou furor na comunidade do MMA na semana passada, mesmo que os detalhes do evento ainda não tenham sido divulgados. A primeira organização que promoverá lutas entre duplas dentro de um cage acredita que conseguirá conquistar a admiração do público e que, um dia, se tornará a principal referência das artes marciais mistas no planeta.

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É o que pretende Carlos Nacli, diretor do Double Fighting. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, ele prometeu que mais novidades serão reveladas em breve. “Nosso objetivo é ser o melhor show de MMA do mundo. Estamos trazendo algo único e inovador dentro do MMA, que é o esporte que mais cresce no mundo. Já realizamos a primeira luta oficial, que apesar de tratarmos como piloto, já valeu como fato histórico”, contou. “Temos um planejamento de longo prazo, mas estamos dando um passo por vez.”

Nacli não teme que o público confunda a modalidade de lutas entre duplas com o pro-wrestling, também conhecido no Brasil como Telecatch. “O Double Fighting tem DNA 100% MMA”, esclareceu. “Pretendemos desvincular essa associação mostrando ao público um evento sério, com regras definidas e exclusivas. Daí, como tempo, naturalmente essa situação se resolve”, confia.

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Segundo o diretor, a formulação das regras foi a parte mais trabalhosa do projeto. “Quando em meu processo criativo surgiu a ideia do ‘dois contra dois’, sabia que era inovador, mas como colocar ordem no desenrolar [da luta] foi bem difícil e interessante”, contou. “Durante sete meses trabalhei mentalmente o desenrolar da luta e daí as coisas começaram a fluir. Quando encontrava uma barreira, eu batia nela até encontrar uma saída.”

Nacli, no entanto, ainda não pretende dar mais detalhes das regras, como, por exemplo, o que aconteceria caso houvesse um nocaute ou finalização. “O que posso adiantar é que haverá uma interação ordenada durante toda a luta. No mais, espero que aguardem o vídeo completo para mais detalhes”, resumiu.

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Outro desafio para o Double Fighting é encontrar academias interessadas na modalidade, já que a ideia ainda encontra resistência. “As únicas duas academias garantidas em nosso projeto são a Thai Brasil, de Curitiba e Florianópolis, e a Ryan Gracie, de São Paulo. Não foi fácil conseguir academias corajosas – a maioria tinha receio em entrar em algo assim”, relatou. Contudo, Nacli confia que, com a divulgação do projeto, o número de interessados crescerá. “Seria legal pegar uma academia de cada estado, mas agora o que não vai falta ré interessados.”

Em breve, o Double Fighting irá divulgar o vídeo completo da luta experimental, no qual também serão divulgadas as regras em detalhes. O cronograma do evento, como, por exemplo, sua primeira edição, ainda não foi oficializado.

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Confira abaixo a entrevista exclusiva completa com Carlos Nacli, diretor do Double Fighting.

Quais são os reais planos do Double Fighting no cenário do MMA atual? Há algo em andamento para que um evento seja de fato realizado em breve? A expectativa que o primeiro evento seja quando e onde?

Carlos Nacli: Nosso objetivo é ser o melhor show de MMA do mundo. Estamos trazendo algo único e inovador dentro do MMA, que é o esporte que mais cresce no mundo. Já realizamos a primeira luta oficial, que apesar de ainda tratarmos como “piloto”, já valeu como fato histórico. No momento, estamos trabalhando na edição do vídeo desta luta, já que o vídeo dos highlights que liberamos mostra apenas a ideia. Os detalhes da luta e suas principais informações serão lançados neste vídeo. Temos um planejamento de longo prazo, mas estamos dando um passo por vez. Para você ter uma ideia, este projeto já está registrado nas autoridades responsáveis brasileiras há quase um ano. Agora oficialmente estamos aí e temos muita coisa programada.

O MMA já teve muitas dificuldades no passado para desvincular sua imagem com o pro-wrestling, já que essa confusão acontecia com frequência com os torcedores. Como vocês pretendem fazer isso? Estão preparados para as dúvidas dos torcedores neste sentido? 

CN: O que posso te dizer é que o Double Fighting tem DNA 100% MMA. A minha única lembrança do pro-wrestling é quando eu era criança e deixei minha mãe maluca para comprar o boneco do Hulk Hogan numa viagem aos Estados Unidos. Pretendemos desvincular essa associação mostrando ao público um evento sério, com regras definidas e exclusivas. Daí, com o tempo, naturalmente essa situação se resolve. Em das nossas redes sociais vamos atender a todos os fãs que queiram tirar dúvidas.

Já existem negociações com equipes e academias interessadas em participar nesta modalidade?

CN: As únicas duas academias garantidas em nosso projeto são a Thai Brasil, de Curitiba e Florianópolis, e a Ryan Gracie, de São Paulo. Não foi fácil conseguir academias corajosas, pois a maioria tinha receio de entrar em algo assim. A princípio, estaremos abrindo para mais seis academias no Brasil. Em Curitiba já há interessados, mas quem estiver lendo a matéria e for de academia, pode nos mandar pelo Facebook uma mensagem que estamos iniciando um processo de seleção. Seria legal pegar um de cada estado, mas agora o que não vai faltar é interessados.

Como foi feito o estudo para se chegar às regras do evento? O quão trabalhoso foi isso?

CN: Essa foi a parte mais difícil deste projeto. Sou especialista na criação de reality-shows esportivos e de entretenimento para a televisão, com foco no tutebol e MMA. Tenho um grande projeto também no futebol, o Brasil Bom de Bola, mas que, devido à envergadura comercial, é mais difícil de lançar, mas é tão revolucionário quanto o MMA. Já o Double, quando em meu processo criativo surgiu a ideia do ‘dois contra dois’, sabia que era inovador, mas como colocar ordem no desenrolar foi bem difícil e interessante.

Lembro-me de estar meditando sobre o desenrolar e mentalmente colocava dois contra dois no cage, e meus lutadores mentais não se mexiam. Eu não sabia o que fazer. Durante sete meses trabalhei mentalmente o desenrolar da luta e daí as coisas começaram a fluir. Quando encontrava uma barreira, eu batia nela até encontrar uma saída.

Recentemente, temos visto alguns problemas de arbitragem em lutas de MMA, com interrupções prematuras e etc. O que vocês fizeram para assegurar que um árbitro consiga atuar de forma ideal, mesmo tendo que ficar de olho em duas lutas ao mesmo tempo?

CN: Para deixar a luta mais segura, resolvemos inovar e colocar dois árbitros dentro do cage. Assim, caso ocorra duas situações simultâneas de nocaute, por exemplo, haverá um arbitro para cada dupla. Para nós de fora, é muito difícil de julgar a decisão do árbitro, que é o especialista e está ali dentro. Mas o que pude perceber na primeira luta é que, pelo fato de terem dois árbitros acompanhando lá dentro, ocorreu uma sintonia entre eles e se somaram.

Sei que você ainda não pretende revelar detalhes das regras, mas como será a dinâmica das lutas? São como duas lutas completamente distintas que acontecem simultaneamente ou, de repente, um lutador pode ajudar seu companheiro de equipe que está no chão por baixo, por exemplo?

CN: O que posso adiantar é que haverá uma interação ordenada durante toda a luta. No mais, espero que aguardem o vídeo completo para mais detalhes.

O que acontece se houver um nocaute ou uma finalização? A dupla do nocauteado perde o combate de forma instantânea?

CN: Excelente pergunta, mas a resposta é surpresa.

Confira abaixo o vídeo de divulgação do Double Fighting: 

Publicado por
Bruno Ferreira
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