Pioneiro do vale-tudo e das artes marciais mistas, o Brasil pode ser o berço de outra novidade no mundo dos esportes de combate: o “Double Fighting” (combate duplo, em tradução livre). A modalidade, divulgada por meio de um vídeo no canal oficial da promoção, envolve quatro atletas simultaneamente em um cage, divididos em duas equipes de dois lutadores que duelam entre si. Apesar do material de apresentação ter mais de seis minutos de duração, alguns detalhes, especialmente sobre as regras, ainda não estão tão claros.
Em entrevista ao site norte-americano “MMA Fighting”, Carlos Nacli, diretor do “Double Fighting”, admitiu que a ideia foi confundida muitas vezes com o pro-wrestling (conhecido no Brasil por “Telecatch”). “Desde que eu apareci com essa ideia, as pessoas sempre me perguntam: ‘É igual ao pro-wrestling’? Eu fiz diversos estudos e percebi que ninguém havia realizado nada como isso no MMA. Eu queria criar algo único e novo, trazendo algo melhor ao MMA. Dois lutadores enfrentando outros dois lutadores, isso é interessante. É o que o público quer assistir”, afirmou.
Ainda segundo Nacli, a tentativa de evitar a concorrência direta com os eventos já estabelecidos no MMA motivaram o surgimento do “Double Fighting”. “O UFC tem o monopólio do MMA (…) e eu sempre me perguntava como entrar neste mercado, onde já existem bilionários e diversas organizações no Brasil e no mundo. Se eu tivesse tentado pelo caminho convencional, a resposta seria ‘eu não tenho chance’. Mas aí veio a ideia: por que não posso ter dois caras lutando contra dois caras no mesmo cage? Ninguém gosta de lutar contra companheiros de equipe, mas que tal se eles lutassem juntos? A ideia estava pronta, e tudo que eu precisava era criar as regras e a estrutura. Fizemos vários testes e finalmente realizamos nossa primeira luta”, concluiu.
Confira abaixo o vídeo do “Double Fighting”:
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