ESPECIAL TUF BRASIL: O que os ex-participantes esperam do futuro

Participantes se encontram com Wand e Belfort no TUF Brasil 1. Foto: Divulgação

Participantes se encontram com Wand e Belfort no TUF Brasil 1. Foto: Divulgação

Uma temporada do TUF tem no máximo dois campões. Além disso, não são todos os lutadores que ganham destaque durante o programa ou têm sucesso caso assinem com o UFC. Passado algum tempo após o término do reality show, ou mesmo de um eventual vínculo com o Ultimate, os lutadores já começam a replanejar suas carreiras e redefinir seus objetivos.

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Muitos ex-participantes do TUF acabam se encaixando no circuito nacional de MMA, onde geralmente são grandes atrativos para os eventos. Outros ainda conseguem espaço em organizações internacionais – nos Estados Unidos, Europa ou Japão. Diversos nomes entre os 32 atletas que participaram das duas edições já encerradas do TUF se afastam dos holofotes do grande público, mas seguem em plena atividade.

Na última parte da série de reportagens especiais do SUPER LUTAS sobre o The Ultimate Fighter, os ex-participantes do programa falam sobre o atual momento de suas carreiras e projetam seu futuro no esporte.

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Realizando sonho de lutar no Japão, Jambo já pensa em aposentadoria

Jambo com Minotauro, Cigano e Toquinho após treino da Team Nogueira. Foto: Reprodução/Facebook

Thiago Jambo sempre sonhou em lutar no Japão. O alagoano, de 33 anos, revelou que atuar nos eventos orientais era um desejo mais intenso do que até mesmo chegar ao UFC. Após sua passagem pelo TUF Brasil 2, em 2013, Jambo fez uma luta no circuito nacional e acertou com o Pancrase, uma das mais antigas e tradicionais organizações do planeta. Prestes a fazer sua segunda luta no evento (contra Akihiro Murayama, no dia 31 de março), Thiago já se vê como um profissional realizado e não coloca mais um acordo com o Ultimate como sua maior prioridade.

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“Se eu conseguir entrar no UFC, ótimo. Mas não fico pensando nisso. Se acontecer, ótimo. Se não, eu devo fazer só mais algumas lutas mesmo e pra mim já deu. Estou há dez anos lutando MMA profissionalmente, eu luto em um período de três a seis meses entre uma luta e outra. É complicado, porque quando você luta, aquela grana que recebeu vai para pagar suas contas dos meses passados, enquanto você estava se preparando. Um evento nacional, paga em média de R$ 5 mil a R$ 10 mil, se você levar em conta aluguel, alimentação, equipamentos e suplementos (os dois últimos se o atleta não tiver patrocínio), isso se torna ainda mais difícil. Fora que eu sou de Maceió e, todas as vezes que tenho uma luta, gasto com passagens para o Rio de Janeiro. E aí, como fica quando você se lesiona? As contas não param de chegar, não é verdade? Então, mesmo amando lutar, hoje penso em ter tranquilidade financeira, estar mais perto da minha família e ser mais presente em sua vida”, desabafou.

Vina sonha com volta ao UFC e quer fazer oito lutas em 2014

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M. Vina (foto) fez três lutas no UFC, com duas derrotas e uma vitória. Foto: Divulgação

Após sair da primeira edição do TUF Brasil, o curitibano Marcos Vinícius “Vina” estreou no UFC 147, evento que recebeu as finais do reality show. Vina superou Wagner Galeto na noite e se garantiu na organização. Porém, após o primeiro triunfo no octógono, Vina emplacou duas derrotas consecutivas, e nem mesmo duas mudanças seguidas de categoria – para os galos e depois para os moscas – fizeram com que continuasse no Ultimate. Após uma luta no evento Rebel FC, em Cingapura, Marcos Vinícius foi derrotado por Anderson Berinja na etapa de Curitiba do Circuito Talent, em seu retorno ao cenário nacional. Apesar da série de resultados negativos, Vina ainda anseia retornar ao UFC e, para isso, vai fazer mais sete lutas ao longo de 2014.

“Tive um revés agora (no dia 22 de fevereiro) por causa de uma fatalidade que aconteceu dentro da luta. Mas isso já é passado. Tenho mais sete lutas marcadas até o final do ano. E assim a gente vai indo. Infelizmente, eu não comecei bem o ano. Mas eu creio que esse será o ano da minha glória. Espero retornar ao cenário internacional e retomar uma trajetória de sucesso na minha carreira. Eu gostaria muito de voltar para o UFC, mas se não der, tem vários outros eventos bons, como o Bellator, por exemplo. Eu quero lutar, independentemente do local. O que não quero é ficar parado”, afirmou.

Macarrão quer manter seu estilo e vê ‘vida fora do UFC’

Macarrão durante pesagem do evento Nitrix. Foto: Facebook/Reprodução

“Estratégia perfeita é nocaute!”, define Leonardo Macarrão, participante do TUF Brasil 1. Procurando se manter fiel ao seu estilo, o catarinense já conquistou quatro vitórias desde que deixou o UFC – onde fez apenas uma luta e sofreu a única derrota de seu cartel. O peso meio-médio quer se preparar melhor para se manter no elenco de atletas do Ultimate em caso de receber uma nova oportunidade. Mesmo assim, Macarrão também vê boas alternativas fora do octógono, se mostrando bem atento ao mercado internacional de MMA.

“Agora eu estou muito focado no objetivo, treinando e aprendendo cada vez mais, para quando eu tiver outra oportunidade no UFC, entrar para não sair mais. Cada luta é um aprendizado. Eu mantenho meu estilo, que sempre vai ser este, estou treinando tudo e na mesma intensidade, mas meu estilo não vai mudar nunca. Eu creio que é justamente isso que, uma hora, vai chamar a atenção dos grandes eventos. Eu estou aí para quem quiser me contratar. O sonho é o UFC, mas temos tantos eventos grandes hoje, que não dá nem para escolher. Temos ONE FC, WSOF, Bellator, KSW e tantos outros, que hoje não da para reclamar que está sem emprego”, analisou.

 

A série de reportagens especiais do SUPER LUTAS sobre o The Ultimate Fighter Brasil conta também com um podcast especial sobre o tema, que contou com a participação de Thiago Jambo – membro do TUF Brasil 2. Ouça o podcast AQUI ou faça o download para ouvir quando quiser AQUI.

 

Publicado por
Lucas Carrano
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