Durou pouco a indecisão da Comissão Atlética Brasileira sobre o fim das isenções para o Tratamento de Reposição de Testosterona (TRT). Pouco menos de 24 horas após afirmar, em entrevista ao site “MMA Fighting”, que a entidade ainda não havia se posicionado oficialmente sobre o banimento do tratamento, acompanhando a recente decisão da Comissão Atlética de Nevada, o diretor médico da CABMMA Dr. Márcio Tannure afirmou que o Brasil vai seguir a regulamentação adotada em Nevada e banir as isenções para o TRT. A revelação foi feita durante entrevista ao programa “SporTV News”, na manhã desta sexta-feira (28).
“Nós já vínhamos discutindo isso aqui na Comissão Atlética Brasileira há algum tempo, não é de hoje, e como nós usamos a comissão atlética de Nevada como nosso espelho, nós decidimos tomar também a mesma decisão aqui no Brasil e não mais liberar o uso de TRT para nenhum atleta”, disse Tannure, que também comentou sobre o tempo necessário para “limpar” do organismo os traços da testosterona sintética. “Isso depende de organismo para organismo e de atleta para atleta. Isso pode demorar de três a seis meses no seu organismo, mas é uma coisa muito individual. Tem substâncias que podem ser pegas no seu organismo até um ano da parada de uso”, completou.
O Dr. Márcio Tannure ainda revelou que ao contrário de Nevada, em que a decisão de banir as liberações de TRT entra em vigor imediatamente, um atleta ainda pode ser autorizado para usar o tratamento no Brasil. Trata-se do veterano Dan Henderson, que aplicou sua liberação antes da decisão final da entidade. Hendo vai enfrentar o brasileiro Maurício Shogun na luta principal do UFC Fight Night 39, no próximo dia 23 de março, em Natal (RN). Uma decisão final sobre a situação de Henderson deve ser divulga até duas semanas antes do evento.