Adeptos da TRT, Henderson (esq.) e Sonnen (dir.) têm lutas marcadas no Brasil. Foto: Produção MMA Press (Divulgação/UFC)
Márcio Tannure, diretor do comitê médico da Confederação Brasileira de MMA (CABMMA), afirmou que o banimento da terapia de reposição de testosterona por parte da Comissão Atlética de Nevada não necessariamente significa que a prática será proibida também em lutas no Brasil.
Nesta quinta-feira (27), a Comissão de Nevada, uma das mais influentes do mundo, proibiu em efeito imediato o uso da TRT nos eventos que inspecionará. Isso inclui o UFC 173, em Las Vegas, que terá o combate entre Vitor Belfort, um dos adeptos da terapia, e Chris Weidman, pelo título dos médios da organização mais importante do MMA.
Além disso, o UFC afirmou que recomendará que a TRT também seja proibida nas demais comissões mundo afora. A CABMMA cita que se espelha na Comissão de Nevada para determinar os seus critérios, como é citado em seu próprio site oficial: “O modus operandi da entidade segue os mesmos protocolos da Comissão Atlética de Nevada”, diz.
Mesmo assim, Tannure acredita que a TRT continuará sendo permitida no Brasil – pelo menos por enquanto. “Temos a Comissão de Nevada como uma inspiração, mas as comissões não têm ligação. Uma decisão tomada lá não significa que concordaremos aqui, ou o contrário, mas isso inicia um debate sobre o assunto”, disse o médico, em entrevista ao site norte-americano “MMA Fighting”. “Já discutimos esse assunto há um bom tempo aqui no Brasil. É um assunto controverso, mas está nas regras. Nós podemos mudar nossa abordagem ou não. Não tomamos uma decisão sobre isso ainda.”
Dois dos mais conhecidos adeptos da TRT estão escalados para atuar em eventos brasileiros. Dan Henderson enfrentará Maurício Shogun no dia 23 de março, em Natal, e Chael Sonnen medirá forças com Wanderlei Silva no dia 31 de maio, em local a ser definido. “Chael Sonnen não pediu [autorização para usar a TRT] ainda. Dan Henderson já pediu, mas não sei se ele receberá. Acredito que ele receberá a autorização para essa luta. Não acho que mudaremos [a abordagem sobre TRT] antes dessa data. Pode mudar no futuro, mas precisamos debater o assunto”, explicou Tannure.