Após o anúncio da saída de Francis Ngannou do UFC, o atleta falou pela primeira vez sobre seu futuro. Contratado em 2015 pela organização, não demorou muito para o camaronês demonstrar insatisfação com as cláusulas do seu contrato. Sem firmar acordo, o lutador não fechou as portas para a empresa, mas cravou que só volta se as exigências forem atendidas.
“Eu não penso que isso seja pessoal. Eu sou um cara legal e já passei por muitas coisas. Aprendi a nunca dizer nunca. Quem sabe depois de uma luta de boxe. Mas tudo precisa estar em meus termos”, disse Ngannou ao podcast ‘The MMA Hour’.
Ex-campeão peso pesado (até 120,2kg) do UFC, apesar de não ter encerrado qualquer assunto relacionado a um eventual retorno, falou sobre a dificuldade que teve durante as tratativas com a organização. ‘O Predador’, como é conhecido, revelou alguns dos pedidos que foram negados e disparou contra a política adotada pelo Ultimate.
“Pedi por seguro de saúde e patrocínio liberado a todos os atletas. Eu duvido que um dia o UFC aceite essas coisas que pedi. Quanto mais o UFC cresce, mais os lutadores diminuem. Me preocupo porque daqui a cinco, dez anos, os lutadores estarão em uma situação pior do que a de agora. Será doloroso. Tudo é feito de maneira individual. Se você é um ‘ninguém’ e pede por alguma coisa, você é cortado, você é punido. Lutadores não possuem escolhas. A não ser que algum grande político governamental intervenha nisso. É uma grande missão”, disparou o camaronês.
Com futuro indefinido, Ngannou tem a atenção de muitas organizações, que planejam fazer uma oferta para contratá-lo. O lutador já expressou o desejo de se testar na nobre arte e enfrentar nomes como Tyson Fury e Anthony Joshua.