Ketlen Vieira enaltece rival no UFC Las Vegas 67 e nega ansiedade por possível disputa de cinturão

K. Vieira posa para foto antes do UFC Vegas 67 (Foto: Instagram/@ufc_brasil)

Sem pressa rumo ao cinturão. Às vésperas do importante duelo contra Raquel Pennington no UFC Las Vegas 67, a peso galo (até 61,2kg) Ketlen Vieira quer evitar novas distrações antes de subir ao octógono. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, a atleta da Nova União enalteceu o bom momento vivido na carreira, elogiou a sua adversária do próximo sábado (14) e disse que só irá pensar em disputa de título, após uma possível vitória.

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“Graças a deus foi um camp muito bom, muito forte, eu sempre me dedico muito, me proponho a fazer o meu melhor, para que eu chegue bem preparada, até porque no UFC são as melhores lutadoras do mundo. Então, assim, você não pode chegar ‘meia boca’, tem que estar 100% pronta, então, os meus parceiros de treinos fizeram o máximo para que eu chegasse preparada para essa luta. Sempre tem aquelas lesões ‘normais’ de treino, mas fazendo uma análise geral, eu estou 100% para essa luta”

Vitórias sobre ex-campeãs

“Eu fico muito feliz com isso, porque, quando eu sonhavam em chegar ao UFC eu já assistia as duas lutarem. A Holly (Holm) chocou o mundo ao ganhar da Ronda (Rousey) e depois a Miesha Tate foi lá e finalizou ela, então assim, foi um marco na história do MMA feminino e da categoria peso galo. Mas, cada luta é uma luta, e para mim, essa luta da Raquel Pennington é a luta mais dura da minha vida e da minha carreira, eu sempre boto assim. Até porque, se eu não vencer essa luta, não vai ter disputa de cinturão depois, vou ter que recomeçar um novo caminho, uma nova trajetória então, para mim, nesse momento, eu vou enfrentar a campeã, é essa a minha mentalidade”

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Dificuldades na chegada ao UFC

“Eu entrei no UFC com apenas dois anos de MMA, isso é pouquíssimo. Na verdade, eu fui jogada na ‘Cova dos Leões’ lá e fui amadurecendo na raça e já pegando as melhores, enfrentando Sara McMann, Cat Zingano…então assim, eu fui amadurecendo na raça e muito se falou que eu poderia já disputar o cinturão. Mas, infelizmente, acabei tendo uma lesão que me deixou dois anos sem lutar, tive muita dificuldade para me recuperar, dificuldade de ganhar massa muscular, e acabei ficando na ansiedade de ‘eu mereço disputar o cinturão’, acabei me desconcentrando e perdendo para a Irene Aldana

Sobre a luta com Raquel Pennington

“A Raquel é uma atleta duríssima, experimentada, muito experiente e que já passou por todo tipo de adversidade dentro do octógono. Ela é acostumada a fazer lutas grandes, a ganhar por decisão, então isso aí é um fator muito forte também pra gente trabalhar. Ela tem um bom condicionamento, ela faz lutas duras. Como eu disse, no momento, para mim, ela que é a campeã, ela que é a luta dura da minha carreira. E acredito que eu estou preparada para tudo. Preparada para trocar, preparada para agarrar, preparada pra me defender, porque quando você pega uma atleta muito experiente, você tem que estar preparada para tudo. Você não pode ter só o plano A, tem que ter o plano A, B, C…então foi isso que a gente treinou…”

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Caso vença, vem disputa de cinturão aí?

“Então, eu não penso muito nisso agora. Desde 2018, muito se fala que eu deveria (disputar o cinturão) e mesmo eu ganhando de duas ex-campeãs, não foi isso que aconteceu. Então, assim, isso já me atrasou. Na vez que eu lutei com a Irene Aldana, isso já me atrapalhou muito porque eu cheguei lá com a obrigação de ganhar, de dar show, de vencer para conseguir a disputa de título e acabei ‘passando do ponto’. Não ouvi meus treinadores e isso me custou a luta. Então, para mim agora é um passo de cada vez. Como eu falei, quem está com o cinturão agora é a Raquel Pennington. Quando acabar a luta e se eu vencer, aí eu vou sentar com o Dedé (Pederneiras) e ele vai me dizer qual é o próximo passo”

Publicado por
Gabriel Fareli