Morando no Japão desde dos seus 13 anos, Kleber Koike que já treinava judô, começou a praticar jiu-jitsu e MMA. Ao se tornar profissional, o atleta em dez anos já era campeão do KSW. Em sua última luta do contrato, Koike perdeu para Mateusz Gamrot, mas não esperava que o episódio fosse mudar os planos da sua carreira. Disponível no mercado, o atleta esperou por um ano o contato do UFC, que não veio.
“Eu tentei ir para o UFC quando meu contrato com o KSW terminou, mas eles não me pegaram porque eu estava saindo de uma derrota. Perdi muito tempo, perdi um ano da minha vida acreditando no UFC e esperando coisas do UFC (…) lutei minhas lutas e comecei a ganhar de novo, e então eles vieram com uma oferta. Recusei por causa do Rizin. Eles vieram de novo (mais tarde), e agora é apenas uma opção. Posso dizer hoje que não queria estar no UFC”, contou o lutador ao Super Lutas.
Koike foi contratado pelo Rizin quando não tinha mais nenhuma projeção para o futuro. Sentindo-se acolhido, o paulista busca apenas retribuir todo o suporte que o evento japonês deu a ele, em uma fase difícil da sua vida.
“O Rizin me acolheu quando eu não tinha emprego, quando eu não tinha nada. O Rizin me deu a oportunidade de vir para o Japão, então eu não sonho mais em estar no UFC. Tenho filho pra sustentar, tenho casa e o Rizin me paga bem para isso. Para eu ganhar bem no Ultimate, só estando entre o top 5 ou cinturão. Prefiro jogar fora da ‘seleção’, ser valorizado e ganhar dinheiro. Morando no Japão consigo patrocínios e alunos”, concluiu o atleta.
Em grande momento na organização, Koike vem de sete vitórias por finalização e vai em busca do oitavo triunfo, quando enfrentar o campeão do Bellator, Patrício Pitbull, dia 31 de dezembro, em Saitama, Japão. Para o atleta do Rizin, a sua vitória é algo propenso a acontecer.
“Acredito que posso fazer uma grande luta e vencer. Todo mundo fala sobre Pitbull ser um artista do nocaute, mas se você olhar para o histórico dele, ele tem mais finalizações do que nocautes. Ele é um cara completo e é isso que eu mais admiro nele, mas acredito no meu trabalho e no meu jiu-jitsu. Da mesma forma que eu sei que ele está vindo para me nocautear, eu estou indo para a submissão. Da mesma forma que eu sei que não posso cometer erros contra ele, ele sabe que não pode cometer erros contra mim no chão’, disparou Kleber.
Em confronto válido na categoria peso pena (até 65,7kg.), os dois lutadores bateram o peso na manhã desta sexta-feira. Kleber registrou 65,8kg na balança e Patrício 65,7kg. O evento também contará com a presença de Roberto Satoshi em duelo contra A.J Mckee, pela categoria dos leves (até 70,3kg.)