Retrospectiva 2022 parte 1: Brasileiros retomam trono, promessa é massacrada e luta entre ícones envergonha

Deiveson Figueiredo (dir.) e Brandon Moreno (esq.) travam tetralogia no UFC 283. Foto: Reprodução/Instagram

A temporada 2022 está chegando ao fim e, com isto, é dada a largada para nossas tradicionais retrospectivas. Neste especial, a equipe do SUPER LUTAS se dedicou a listar os principais destaques do primeiro quadrimestre do ano. Assim, serão relembrados momentos entre janeiro e abril.

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No início de 2022, muitas situações movimentaram o esporte. Cinturões mudaram de mão, promessas foram massacradas e expectativas, em dado momento, se quebraram.

Sem mais delongas, relembre destaques de janeiro a fevereiro.

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Ngannou ‘Nurmagomedov’

F. Ngannou virou ‘Wrestler’ para vencer C. Gane no UFC 270. Foto: Reprodução/Twitter @ufceurope

Escalado para a primeira disputa de cinturão na temporada 2022, Francis Ngannou chocou os fãs de MMA em seu primeiro – e único – compromisso no ano. Adversário de Ciryl Gane em confronto pela unificação do título dos pesados (até 120,2kg.), o franco-camaronês ‘esqueceu’ a força bruta e provou ser mais do que o dono de forças descomunais nos punhos.

No combate com Gane, que encabeçou o UFC 270, Ngannou encontrou dificuldades para driblar a técnica e movimentação do adversário. Para não ser surpreendido, o ‘gigante’ ativou o ‘modo wrestler’, comprovando alto Q.I de luta e dominando o oponente nos assaltos finais. Ao fim de cinco rounds, Francis foi declarado vencedor na decisão dos juízes e confirmou seu lugar no topo absoluto da divisão até 120,2kg.

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Deiveson retoma cinturão

D. Figueiredo (dir.) e B. Moreno (esq.) devem se enfrentar pela quarta vez em disputa de título. Foto: Reprodução/Instagram

Destronado por Brandon Moreno em revanche pelo trono dos moscas (até 56,7kg.) em 2021, Deiveson Figueredo teve seu momento de vingança cerca de seis meses após a derrota para o mexicano. Destaques no UFC 270, os atletas protagonizaram uma trilogia válida pelo cinturão.

Depois de ser finalizado meses antes, Figueiredo mostrou foco e determinação para frustrar o rival e, ao longo de 25 minutos, teve performance convincente. Com o fim do embate, o paraense foi declarado o vencedor e reassumiu o cinturão do grupo.

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A rivalidade entre as estrelas, no entanto, contará com mais um capítulo. Em janeiro, os atletas voltam a dividir o octógono em embate pela unificação do trono.

Promessa brasileira é brutalizada

J. Walker (esq.) foi brutalizado por J. Hill (dir.) no UFC Las Vegas 48. Foto: Reprodução/Instagram

Anos após estrear no Ultimate como um ‘furacão’ e massacrar três adversários em sequência, Johnny Walker entendeu de forma dura as dificuldades de representar o UFC. Antes de atingir o patamar de maturidade atual, o atleta foi vítima de um dos nocautes mais duros na temporada 2022.

Em fevereiro, o atleta topou o desafio de medir forças com o perigoso Jamahal Hill e pagou o preço de topar o confronto franco com o rival. Ainda no primeiro round, o brasileiro acabou recebendo um direto limpo no rosto e apagou de forma imediata. O tropeço ampliou o bom momento do norte-americano na empresa e ligou o ‘sinal de alerta’ para o tupiniquim, que conseguiu se recuperar na sequência ao bater Ion Cutelaba.

Luta entre amigos decepciona

C. Covington (esq.) derrotou J. Masvidal (dir.) no UFC 272. Foto: Reprodução/Instagram

O desafio entre os antigos amigos Colby Covington e Jorge Masvidal foi vendido com promessa de violência e acerto de contas. Os atletas, no entanto, muito falaram e pouco produziram na luta principal do UFC 272, em março.

Ex-desafiantes ao cinturão dos meio-médios (até 77,1kg.), os combatentes subiram no octógono e o que se acompanhou foi um ‘monólogo’ protagonizado por Covington. Referência no wrestling, o ‘Caos’, com maestria, anulou a trocação do antigo companheiro de treinos na ‘American Top Team’. Mesmo sem contundência e a prometida agressividade, Colby saiu vencedor do confronto na decisão dos juízes após dominar o adversário por cerca de 25 minutos.

Brasileira ‘apaga’ com golpe apoteótico

L. Dread foi brutalmente nocauteada por M. McCann no UFC Londres. Foto: Reprodução/Instagram

Em março, o Ultimate promoveu um confronto histórico realizado em Londres (ENG). Com show de desfechos na via rápida, uma lutadora local foi capaz de protagonizar um massacre diante de seus fãs.

Atleta dos moscas (até 56,7kg.), Molly McCann subiu no octógono com o peso da torcida em seus ombros, mas não decepcionou. Diante de Luana Dread, o atleta teve performance convincente por cerca de três rounds, mas o desfecho foi o que chocou.

Com uma cotovelada giratória de rara felicidade, a inglês apagou a brasileira de forma imediata. Com a vitória, McCann escreveu seu nome na história do Ultimate como um dos maiores atropelos na história do MMA feminino na empresa.

Patrício Pitbull bate ‘queridinho do Bellator

P. Pitbull (esq.) derrotou A. McKee (dir.) no Bellator 277. Foto: Reprodução/Instagram

A aguardada revanche entre AJ McKee e Patrício Pitbull acabou sendo altamente vantajosa para a torcida brasileira. Batido pelo norte-americano no fatídico Bellator 263, o potiguar se mostrou obstinado em reassumir o cinturão dos penas (até 65,7kg.) perdido em 2021.

Aproximadamente nove meses após o revés histórico diante do pupilo da organização, Patrício provou que, de fato, é um atleta diferente. Mesmo com a diferença de idade e envergadura, o brasileiro teve atuação majestosa e não permitiu que o oponente tivesse o desempenho brilhante do ano anterior.

Após cinco rounds de performance altamente estratégica, Patrício foi declarado vencedor na decisão unânime dos juízes.

Durinho e Chimaev promovem ‘guerra’

K. Chimaev (esq.) derrotou G. Durinho (dir.) no UFC 273. Foto: Reprodução/Instagram

O mês de abril também ficou marcado por receber um dos melhores confrontos da temporada 2022. Antigo desafiante ao cinturão dos meio-médios (até 77,1kg.), Gilbert Durinho topou o desafio de enfrentar Khamzat Chimaev.

Disposto a provar à promessa as dificuldades impostas pela elite da divisão, o niteroiense cumpriu à risca o combinado. Mesmo sendo superado na decisão dividida, o niteroiense expôs o sueco e entregou ao adversário a luta mais dura de sua carreira. Ao fim de três rounds intensos e marcados pelo equilíbrio, o ‘Bicho Papão’ foi declarado vencedor na decisão dividida.

Bate-Estaca frustra compatriota

J. Bate-Estaca encaixa triângulo de mão em A. Lemos. Foto: Reprodução/Instagram

Ícone do MMA feminino, Jéssica Bate-Estaca foi a responsável por atrasar o sonho da compatriota Amanda Lemos em chegar à elite do peso palha (até 52,1kg.). Disposta a retomar a condição de desafiante na categoria que liderou em 2019, a paranaense foi impiedosa com a paraense no confronto entre ambas.

Diante de uma oponente agressiva, Bate-Estaca ignorou os perigos da oponente e promoveu uma finalização, até então, inédita na empresa. Com um triângulo de braço em pé, a paranaense confirmou que segue sendo um perigo na divisão e seguiu como destaque para uma futura luta pelo cinturão.

Olho neles

Jailton Malhadinho (esq.) e Caio Borralho (dir.) são promessas brasileiras no UFC. Foto: Montagem SUPER LUTAS

O início da temporada 2022 também marcou a estreia de dois nomes que devem ser acompanhados mais de perto pelos fãs de MMA. Jailton Malhadinho e Caio Borralho foram destaques tupiniquins ao longo do ano.

Representante da Bahia, Malhadinho caiu nas graças da torcida brasileira logo em seus primeiros momentos de octógono. Disposto a se apresentar tanto nos meio-pesados (até 93kg.) quanto nos pesados (até 120,2kg.), o lutador estreou no Ultimate contra o compatriota Danilo Marques, em fevereiro, e não teve problemas. Com atuação segura, o atleta controlou o oponente e venceu por nocaute ainda no primeiro round.

Atleta dos médios (até 83,9kg.), Caio Borralho em pouco tempo se tornou um reforço de peso para a divisão que, hoje, tem Alex Poatan como grande campeão. Inteligente e seguro, o atleta de São Luis (MA) debutou na companhia em abril e, de cara, encarou Gadzhi Omargadzhiev. O tupiniquim, por sua vez, não se intimidou e conquistou o resultado positivo via finalização no terceiro round.